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Reduzir custo de produção é uma necessidade para qualquer fabricante de automóveis, até mesmo para uma marca de volumes pequenos como a britânica Aston Martin, que apresentou recentemente a versão “oito cilindros” do cupê DB11 – originalmente tem uma unidade V12. Mais interessante é que o novo motor é fornecido pela AMG, divisão esportiva da Mercedes-Benz.
O lançamento indica que o DB11 deverá ceifar não apenas o já finado DB9, mas também o V8 Vantage. E a razão é lógica. O Vantage está no mercado desde 2005. E mesmo que suas linhas ainda sejam extremamente sedutoras, o “Baby Aston” já é um senhor, dentro da expectativa de vida de um automóvel.
Já a unidade V8 biturbo 4.0 é a mesma que equipa os modelos que levam o emblema 63 AMG da Estrela de Três Pontas. No portfólio alemão, o motor tem potências que vão de 476 cv a 585 cv. Para não concorrer com o V12 do DB11 original, que debita 608 cv, o motor alemão foi calibrado para entregar gratos 510 cv e transmissão automática de sete marchas.
A adoção do motor alemão tem uma razão lógica: com a morte do V8 Vantage, não há porque a planta de Gaydon continuar fundindo um bloco de oito cilindros se todos seus modelos em linha utilizam o mesmo V12 6 – Rapide S, Vulcan Vanquish e DB11. Daí, é mais eficiente buscar um motor no mercado ao ter que desenvolver um novo para uma tiragem que não chega a mil unidades anuais.
E a terceirização do conjunto mecânico não pode ser vista com desdém. Afinal, trata-se da mesma empresa que constrói não apenas os motores das versões mais furiosas da Mercedes, mas que também fornece o absurdo V12 biturbo de 730 cv do Pagani Huayra.