(Tesla)
A Tesla Motors pode até tardar, mas não falha em seus projetos. Se a produção em massa do Model 3 ainda não se concretizou, isso não significa que a marca californiana dormiu no ponto. E prova disso é a segunda geração do Roadster, que ressurge como um dos automóveis mais superlativos já fabricados.
Para quem não se lembra, o primeiro modelo da marca foi o Roadster, lançado em 2008, com silhueta inspirada no Lotus Elise. Naquela época, o modelo acelerava até 200 km/h e tinha autonomia de bateria de 350 quilômetros.
Agora a marca de Elon Musk se prepara para lançar o novo Roadster, que acelera de 0 a 100 km/h em 1,9 segundo. Isso mesmo! Para se ter uma ideia, o Porsche 918 Spyder, que até então era o carro de produção com a melhor marca, sai da imobilidade e chega aos 100 km/h em “demorados” 2,2 segundos.
0 a 400 metros
na terra do Tio Sam. O modelo de produção mais rápido na modalidade é o Dodge Challenger Demon, lançado no ano passado (justamente para essa finalidade), e que rompe a barreira dos 400 metros em 9,6 segundos. A Tesla, por sua vez, anuncia tempo de 8,8 segundos. E se não bastasse, ele atinge a máxima de 400 km/h, tal qual um Bugatti Chiron ou o Koenigsegg Agera RS.
Mas o que faz dele um automóvel absurdo, capaz de transformar todos os superesportivos no carro de Fred Flintstone, é o torque de 1.019 mkgf. Em outra comparação esdrúxula, o motor turbo 1.0 do Volkswagen Polo oferta generosos 20 mkgf de torque. Daí, o Roadster debita a força a 51 motores (turbo) do Polo. Tudo isso num trem de força 100% elétrico. É tanto torque que a fabricante nem menciona a cavalaria do modelo.
Boca miúda
A marca não divulgou dados técnicos do motor ou motores que o Roadster utiliza, nem explica como consegue transferir tanta força para as rodas.
Afinal, um caminhão extra-pesado, com capacidade máxima de tração superior a 150 toneladas – como, por exemplo, o Scania R 620 V8 6×4 “Highline”, que extrai 306 mkgf de seu imenso V8 16 litros – conta com um sistema robusto de transmissão, cardã e diferencial para suportar tanta força. Seja como for, uma hora Elon Musk terá que nos contar.
Uso diário
Mesmo que os números de performance tentem dizer o contrário, o Roadster foi projetado para ser um automóvel de uso cotidiano. Esportivo, mas capaz de cumprir com as tarefas do dia a dia, com eficiência. A Tesla garante que a autonomia da carga das baterias é de 1.000 quilômetros.
Além disso, carrega quatro ocupantes e tem teto de vidro removível, o que faz dele um targa (quando só parte do teto é destacável) – mesmo que a marca o tenha batizado de roadster, que no glossário automotivo corresponde a um conversível de dois lugares.
O preço? Duzentos mil dólares, ou R$ 656 mil. Ainda há a série limitada em mil unidades, batizada de Founders Series Reservation, que tem preço de US$ 250 mil. Ainda assim é bem mais barato que os US$ 3 milhões (R$ 9,9 milhões) do Bugatti Chiron. Lá nos Estados Unidos!