Teste: Fit mantém a excelência, mas continua caro

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
24/11/2017 às 16:11.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:52
 (Marcelo Ramos)

(Marcelo Ramos)

Com o lançamento do WR-V surgiram rumores de que aos poucos a Honda ceifaria o Fit. Afinal, os aventureiros estão com a bola toda, enquanto o segmento de monovolumes anda perdendo representantes em grande escala. No entanto, a Honda fez o contrário: atualizou o compacto, tal como aconteceu no exterior. 

Testamos a versão topo de linha EXL, avaliada em R$ 80.900, que chega com pacote farto de equipamentos. Na lista há bancos e volante revestidos em couro, direção elétrica, ar-condicionado digital, sistema multimídia (com navegador GPS, Bluetooth, conexão nos padrões Android Auto e Apple Carplay e câmera de ré), transmissão do tipo CVT com borboletas no volante, luz diurna em LED, além da conhecida modularidade dos bancos que fazem dele um dos automóveis mais versáteis do mercado.

É bem verdade que as mudanças foram apenas estéticas e se concentraram nos para-choques, detalhes de acabamento e inclusão de equipamentos. No entanto, segue sendo um automóvel agradável no uso cotidiano, como tem sido desde a primeira geração, o que ajuda a nutrir a boa fama do modelo, o que valoriza seu passe no mercado de usados.

O último dos moicanos
A categoria dos monovolumes teve seu boom em meados dos anos 1990. Inclusive muitas marcas que se instalaram no país naquela época apostaram justamente nesse nicho, como o caso da Renault com o Scenic e a Citroën com o Xsara Picasso, o que estimulou marcas como Chevrolet, Fiat e a própria Honda a apostarem no segmento. 

Hoje o Fit briga sozinho numa categoria que perdeu apelo para os utilitários-esportivos (SUV’s) e também para as derivações “aventureiras”, como o próprio WR-V. Para a Honda a falta de rivais não tem sido um problema. O Fit sempre teve boa receptividade e suas vendas seguem superiores à de modelos compactos como o Fiat Palio. De janeiro a outubro, o japonesinho vendeu 19.956 unidades, segundo a Fenabrave. 

Todos esses argumentos reforçam o único defeito do Fit: o preço, salgado desde a versão de entrada, a DX, que custa R$ 59 mil.

Raio-x Honda Fit 1.5 EXL

O que é?
Monovolume compacto de cinco lugares.

Onde é feito?
Produzido na unidade Sumaré (SP).

Quanto custa?
R$ 80.900

Com quem concorre?
O Honda Fit não tem concorrentes diretos. O modelo mais próximo dele é o Chevrolet Spin, que tem porte bem maior, capacidade para sete ocupantes e preços entre R$ 60 mil e R$ 74 mil.

No dia a dia
O Fit é um carrinho extremamente prático no uso cotidiano. Compacto, são apenas 4,01 metros, ele tem dimensões inferiores à de um sedã pequeno, mas espaço interno farto, uma vez que o cofre do motor é bastante reduzido, aumentando a área do habitáculo. São 2,53 metros de distância entre os eixos que garantem ótimo conforto para quatro ocupantes. 

Apesar de ser um monovolume, não tem posição de dirigir tão vertical como os demais modelos do segmento. Mesmo assim a visibilidade é boa e o fato de o capô ser curto facilita nas saídas de vagas. Tal como os demais modelos da marca a montagem é impecável, assim como o acabamento e isolamento acústico, elevando o nível de conforto a bordo.

O bagageiro leva 365 litros, mas o Fit oferece uma série combinações de rebatimento, que elevam a capacidade para até 1.045 litros.

Motor e transmissão
O motor 1.5 de 115 cv e 15,3 mkgf de torque pode até parecer pouco, mas oferece bom vigor ao Fit. O casamento com a caixa CVT, que emula sete velocidades no modo manual, sempre busca o melhor giro de acordo com a maneira que motorista conduz, privilegiando o torque ou a eficiência. 

Como bebe?
Abastecido com gasolina, a unidade testada registrou média de 11,2 km/l no urbano.

Suspensão e freios
A suspensão utiliza conjunto McPherson na frente e eixo rígido atrás. Apesar de não contar com braços independentes na traseira, o acerto oferece boa estabilidade, muito em função do baixo centro de gravidade. Os freios contam com discos ventilados nas quatro rodas. Ele oferece controles de estabilidade (ESP) e tração, além de assistente de partida em rampa (Hill Holder).

Pontos positivos
Montagem e acabamento
Consumo
Conforto

Ponto negativo
Preço

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