Teste: Motor Firefly e caixa GSR finalmente qualificam Fiat Mobi

Marcelo RAmos
miramos@hojeemdia.com.br
07/04/2017 às 19:13.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:03

O Fiat Mobi chegou há um ano e teve um desempenho aquém do esperado, muito em função de seu veterano motor Fire 1.0 de 75 cv. A unidade não se mostrava tão econômica quanto os moderninhos três cilindros que equipam boa parte de seus concorrentes, inclusive o rival Volkswagen Up. A Fiat corrigiu o problema no final do ano passado com a inclusão do recém lançado Firefly, que já rodava no Uno. 

Agora a marca de Betim resolveu instalar uma caixa automatizada no carrinho, que apesar de ser paupérrimo em sua configuração mais básica, não deixa a desejar em seu pacote mais refinado, com exceção do preço que não se constrange ao ultrapassar a barreira dos R$ 50 mil.

Três cilindros
Para se ter o motor Firefly três cilindros 1.0 de 77 cv e 10,5 mkgf de torque, é preciso investir pelo menos R$ 40.690, em sua versão Drive. Mas vale a pena, pois sem dúvida é um dos melhores motores que já saíram da linha de montagem de Betim, mesmo que o seu ruído não seja o mais o mais estimulante.

Testamos a versão Drive com transmissão GSR (uma evolução da caixa automatizada Dualogic), que dá menos trancos que seu antecessor e funciona bem mais redondinho que a versão I-Motion do Up. 

Pessoalmente não gosto de caixas automatizadas de embreagem simples, por causa dos trancos, letargia e das mudanças fora do tempo em subidas ou por teimar em segurar nas descidas. A GSR ainda comete essas gafes, mas basta um toque em uma das borboletas para que ele obedeça sem reclamar.

No entanto, a ausência do assistente de partida em rampa (Hill Holder) exige que o motorista calce o freio com o pé esquerdo enquanto o direito se desloca para pressionar o acelerador. Se não fizer isso numa subida ele pode voltar um pouco e até tocar no carro que está atrás dependendo da destreza do condutor. 

Live On
Além do motor, também testamos o módulo Live On, que substituiu o rádio convencional ou multimídia por um dock que utiliza o smartphone (iOS ou Android) como a central do carro. Para funcionar, é preciso baixar um aplicativo. O programinha faz todo o processo de configuração e conexão com o carro e permite que o usuário utilize seus aplicativos de música e navegação como se fosse um sistema de conexão padrão, com comandos no volante, ao custo nada modesto de R$ 1.530.

Raio-X Fiat MObi drive 1.0 GSR

O que é?
Hatch sub-compacto, quatro portas e cinco lugares.

Onde é feito?
Fabricado na unidade da FCA em Betim.

Quanto custa?
R$ 44.780 
R$ 50.080 (versão avaliada)

Com quem concorre?
Diretamente com o Volkswagen Up I-Motion (R$ 48.365), no segmento de sub-compactos.

No dia a dia
O Mobi é um automóvel feito para a cidade, seus 3,55 metros de comprimento fazem dele um carrinho esperto no transito e fácil de encontrar estacionar. No entanto, suas proporções diminutas não o tornam um exemplo de conforto para quem viaja no banco traseiro. Afinal são apenas 2,30 metros de entre-eixos, e os reduzidos 235 litros do porta-malas não permitem muita bagagem. Sendo assim, quem tiver filhos é melhor investir seu dinheiro numa opção de maior volume como o irmão Palio, que parte dos mesmos R$ 44 mil, mas sem a caixa GSR.

Completinho, a versão oferece bastante comodidade, como direção elétrica, ar-condicionado, trio elétrico (retrovisores, vidros e travas), computador de bordo com diversos parâmetros do veículo, assim como o módulo Live On que se conecta ao smartphone. Mesmo assim o acabamento é pobre e o isolamento acústico é péssimo.

Motor e transmissão
O novato Firefly 1.0 (três cilindros )de 77 cv e 10,4 mkgf de torque oferece comportamento exemplar. O senão fica pelo nível de vibração elevado e também pelo ruído pouco agradável, a lá DKW Vemag! O câmbio automatizado GSR tem respostas bem mais ágeis que o antigo Dualogic, o que faz do Mobi Drive um carrinho esperto. 

Como bebe?
Abastecido com álcool, a unidade testada registrou média de 11,1 km/l na cidade.

Suspensão e freios
Ajustada para absorver a buraqueira das vias brasileiras, a suspensão é firme, mas transmite muita vibração para a cabine. Por outro lado, oferece boa estabilidade nas curvas.

Pontos positivos
- Consumo
- Praticidade no trânsito

Pontos negativos
- Espaço interno
- Acabamento pobre
- Isolamento acústico

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