(Divulgação)
Na década de 1930 havia uma disputa entre Mercedes-Benz e Alfa Romeo pelo domínio das pistas de corrida. A briga se acirrou com a entrada da Auto Union com os fabulosos “Flecha de Prata”. A BMW também criou uma versão de pista do 328, mas poucos foram tão exclusivos e cobiçados quanto o Bugatti Type 57G “Tank” que ajudou a construir a imagem da marca franco-italiana.
Em 1936, Jean Bugatti, filho do fundador Ettore, resolveu desenvolver um carro para corridas de longa duração. Naquela época, a estrela da marca era o Type 57, um belo cupê gran turismo de apenas dois lugares, que entre 1934 e 1940 teve diversas derivações e cerca de 700 unidades produzidas.
O herdeiro então pegou três chassis do 57S e montou motores oito cilindros (em linha) de 3.3 litros e preparação para desenvolver 200 cv em posição central dianteira. Por cima, revestiu o carro com uma carroceria de baixo peso e com formas aerodinâmicas. Assim, com o centro de gravidade extremamente baixo (para a época), conseguiu uma excelente distribuição da massa, uma vez que motor, motorista e tanque se posicionavam entre os 2,98 metros que separavam os dois eixos do bólido.
O carro estreou ainda em 1936 e venceu o Grand Prix da França daquele ano, além de diversas outras provas. No entanto, o grande triunfo do “Tanque” foi a vitória nas 24 Horas de Le Mans de 1937. A Bugatti inscreveu dois carros para a prova que contava com outros 43 automóveis.
O carro nº 1, pilotado por Roger Labric e Pierre Veyron (que deu nome ao famoso supercarro da marca), dominou boa parte da corrida, mas abandou após 130 voltas.
Daí sobrou para o Type 57 G (nº 2), pilotado por Jean-Pierre Wimille e Robert Benoist, completar com 243 voltas e média de velocidade de 137 km/h, fazendo do 57G uma verdadeira lenda das pistas.