Usados: Peugeot 307 é vítima da má fama do Leão

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
10/09/2016 às 09:49.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:46
 (Peugeot/divulgação)

(Peugeot/divulgação)

Hatches médios sempre são boas opções para quem busca um automóvel usado qualificado e com preço acessível, que pode chegar à metade do que é cobrado por um popular novo. Um exemplo é o Peugeot 307. O hatch francês foi comercializado entre 2001 e 2012 e pode ser encontrado com valores bem modestos.

Segundo a tabela de referência da Fipe, os preços variam entre R$ 13.280 e R$ 32.230. A variação de preços se dá pelo longo período de atividade, assim como as diferentes configurações de acabamento e também motorização. O modelo foi oferecido com motores 1.6 de 110 cv e 2.0 de 151 cv, além de contar com caixa manual de cinco marchas e automática de quatro velocidades.

No entanto, no mercado de usados há um espécie de preço médio em torno dos R$ 25 mil para unidades com datas de fabricação entre 2007 e 2010, equipados com o motor mais potente. 

Pontos positivos

Proprietários apontam como os principais atributos do francês o espaço interno, a qualidade do acabamento e o bom pacote de conteúdo. Mas vale lembrar que pela época em que foi produzido, o 307 oferece uma cesta que é corriqueira em qualquer compacto, como direção assistida, ar-condicionado, trio elétrico, rodas de liga-leve e faróis de neblina. Em termos de entretenimento, o máximo que ele oferecia de fábrica era um rádio com conexão Bluetooth para viva-voz.

Para quem busca economia, a melhor opção é equipada com unidade 1.6. No entanto, por ter menos vigor que o 2.0, sua performance está longe da esportividade, e geralmente a unidade é aplicada em versões mais simples, com menor fartura de equipamentos. Já o 2.0 oferece boa performance, mas as unidades equipadas com caixa automática sofrem com a relação de apenas quatro marchas, o que deixa o carro estrangulado e beberrão.

Boca maldita
O que pesa contra o Peugeot 307 é a fama que a marca francesa adquiriu de ser um carro frágil e de manutenção cara. No entanto, o consultor de vendas da Z Veículos Multimarcas, Gilberto Martins, refuta a pecha do Leão. “O 307 é um carro excelente, oferece muito conforto e está livre de vícios ou problemas crônicos. O que acontece é que por ser um médio, sua manutenção é mais cara que a de um popular, mas é o preço que se paga por um automóvel mais qualificado”, aponta Martins. Ele garante que o mito de falta de peças para os modelos da marca é folclore: “Não tem nada disso, a Peugeot está instalada no país e o 307 é feito na Argentina, daí não existe essa história de falta de peças”.

Acostumado a avaliar automóveis de vários fabricantes diariamente, o consultor é taxativo. “O que o comprador deve ficar atento é sobre a procedência do carro e o estado de conservação, pois a verdade é que quase todo mundo deixa de levar o carro na autorizada após o término da garantia. E é a falta de manutenção que leva aos defeitos e não o carro em si”, conclui.

 

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