(Fotos Marcelo Ramos)
A Volkswagen adotou uma estratégia para o Virtus muito semelhante ao que fez com o Jetta, em 2011. Com duas opções de conjunto motor, ela lançou uma versão simplificada com cesta de conteúdos reduzida, acabamento menos refinado e conjunto mecânico mais modesto, que se posiciona numa faixa de preço mais baixa.
Ao mesmo tempo oferece uma opção mais luxuosa, com mecânica moderna, pacote de equipamentos mais farto, que o coloca num patamar de valores mais elevado.
Recentemente, testamos a versão topo de linha, Highline, e agora chegou a vez do Virtus MSI 1.6, a versão pé-de-boi do sedã.
Se o Highline chegou para ocupar o flanco deixado pelo Jetta, que muda de geração no Brasil em breve e, consequentemente, ficará mais caro, o Virtus MSI é o degrau acima do Voyage. Trata-se de uma versão destinada para o consumidor que está satisfeito com o veterano derivado do Gol, mas quer um pouco mais de garbo, espaço interno, além de um projeto mais moderno e seguro.
Grand Voyage
Partindo de R$ 61.390, o Virtus MSI 1.6 pode ser um choque à primeira vista. O acabamento é muito simples, com plásticos duros por todos os lados. No Highline não é diferente, mas como tem apliques em plástico brilhante no painel, opção de ar-condicionado e quadro de instrumentos digitais, há a sensação de ser mais sofisticado. No MSI a sensação é de estar a bordo de um Grand Voyage.
De série, ele vem equipado com direção assistida, ar-condicionado, vidros elétricos e quatro airbags (sendo dois laterais). Mas pode ser equipado com sistema multimídia (com conexão para telefones nos padrões Apple CarPlay e Android Auto, além de gráfico de proximidade do sensor de ré), controle de estabilidade (ESP), assistente de partida em rampa (Hill Holder) e controle de tração. Fotos Marcelo Ramos / N/A
Na linha 2019 foram incluídos como opcionais os retrovisores externos com ajustes elétricos e função Tilt Down, que ajusta o espelho direito para auxiliar nas manobras de baliza. Completo, o sedã salta para R$ 67.566. Não deixa de ser um valor elevado e que esbarra nas versões topo de linha e mais equipadas de muitos rivais.
Mesmo assim, trata-se de um carro com porte de sedã médio, mas que não esconde sua proposta franciscana. A versão é indicada para quem precisa de espaço interno abundante, que é o calcanhar de Aquiles de boa parte dos sedãs pequenos.
Volkswagen Virtus msi 1.6
O que é?
Sedã compacto, quatro portas e cinco lugares.
Onde é feito?
Fabricado na planta de São Bernardo do Campo (SP).
Quanto custa?
Base: R$ 61.390
Testado: R$ 67.566
Com quem concorre?
O Virtus MSI se posiciona na base do portfólio. Ele concorre com praticamente todos os sedãs compactos, que orbitam na faixa de preços entre R$ 62 mil e R$
68 mil como Chevrolet Prisma, Chevrolet Cobalt, Fiat Cronos, Honda City, Hyundai HB20S, Nissan Versa, Renault Logan e Toyota Etios Sedan e Toyota Yaris.
No dia a dia
O Virtus, na versão MSI, é um automóvel bom de dirigir. A posição de dirigir é baixa, típica dos VW. Há regulagem de altura do banco do motorista. O volante é fixo na versão. Assim como no Polo, a Volks enxugou ao máximo no orçamento da versão.
O hatch oferece excelente espaço interno, tanto para quem viaja na frente quanto para quem vai atrás. O porta-malas de 510 litros permite acomodar muito volume de bagagem.
Motor e transmissão
A unidade MSI 1.6 16v de 117 cv e 16,5 mkgf de torque oferece comportamento ágil ao sedã, apesar de o torque surgir acima dos 2.000 rpm, o que demanda atenção nas ladeiras. Daí, se o consumidor não tiver optado pelo pacote Connect (que inclui assistente de partida em rampa), terá que trabalhar o controle de embreagem. Já a caixa manual de cinco marchas é uma velha conhecida e a prova de críticas, com seus engates precisos e curtos.
Como bebe?
Abastecido com álcool, ele registrou média de 8,8 km/l no combinado entre trajeto urbano e rodoviário.
Suspensão e freios
A suspensão do sedã alemão segue a configuração convencional do mercado, com eixo rígido na traseira e independente McPherson na frente. O acerto privilegia a estabilidade e é firme.
Ao contrário da Highline, que tem freios a disco nas quatro rodas, o MSI conta com tambor nas rodas traseiras. Controle de estabilidade (ESP) e freios pós-colisão (que imobilizam as rodas em caso de acidente, para o carro não se deslocar involuntariamente) são itens opcionais.
Pontos positivos
Consumo
Desempenho
Motor e câmbio
Pontos negativos
Pacote de opcionais precário
Falta ESP de sérieFotos Marcelo RAmos /