(Marcelo Ramos)
SÃO PAULO (SP) – A América do Sul está com a bola toda. Ao menos é o que afirma a Volkswagen. A gigante alemã iniciou ofensiva para aumentar a participação, não apenas no mercado brasileiro, mas em todo o Cone Sul e no Caribe. E o sedã Virtus faz parte desta estratégia.
O sedã chega no início do ano que vem para se posicionar na lacuna deixada pelo Polo Sedan em 2015, justamente no segmento de compactos, que tem despontado como um dos filões em ascensão na indústria, junto com os utilitários-esportivos. Derivado do novo Polo, ele chegará com motores 1.6 e 1.0 turbo.
Segundo a marca, o sedã foi desenvolvido de acordo com o perfil de consumo da região. Ou seja, assim como Fiat Palio foi o “carro mundial” (do Terceiro Mundo) em 1996, o Virtus foi projetado para ser o automóvel da porção de baixo das Américas.
Ele é o segundo modelo do plano de expansão da marca, que terá 20 novos produtos até 2025 e foca numa demanda reprimida, uma vez que na América do Sul há 206 carros para cada mil habitantes, enquanto nos Estados Unidos o volume é de cerca de 750 carros por mil.
E os olhos brilhando para o bloco latino tem razões muito óbvias. O mercado europeu tem perdido força. De janeiro a outubro deste ano as vendas já recuaram 1,6%. Por outro lado, a China registrou elevação de 3,9%, mas os alemães não querem depender apenas do mercado chinês.<EM>
O carro
Deixando de lado as estratégias de vendas, o Virtus foi desenvolvido com a plataforma modular MBQ, já empregada em diversos modelos, como o próprio Polo, Golf, Audi A3 Sedan, Audi Q3, e também servirá para o utilitário-esportivo (SUV) compacto que a Volkswagen lançará.
Bem maior que o hatch, o Virtus é grande, com quase 4,5 metros de comprimento e 2,61 metros de distância entre os eixos (quase 9 cm a mais que o Polo). O porta-malas tem cerca de 520 litros, que supera facilmente rivais como Ford Fiesta Sedan e Chevrolet Prisma.
Entre as opções de motores, a VW adianta o sedã será equipado com a unidade MSI 1.6 de 120 cv e também com a TSI 1.0 turbo de 128 cv e 20 mkgf de torque. As opções de transmissão serão manual de cinco marcas e automática seis marchas.
A VW não revelou preço e nem as versões. A única apresentada foi a topo de linha Highline, que pode ser equipada com quadro de instrumentos digital, partida sem chave, bancos revestidos em couro, multimídia com navegação e câmera de ré, luz diurna em LED, rodas de liga leve aro 17 e outros mimos, que só veremos no ano que vem.