Herwing Gangl, da Krug Bier, já ultrapassou os 400 pontos de venda

Paula Coura
pcoura@hojeemdia.com.br
03/03/2017 às 21:09.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:48

Quando o austríaco Herwig Gangl desembarcou em Belo Horizonte em 1994, a intenção era investir no ramo de mineração. Mas a veia cervejeira logo veio à tona durante jantar em uma choperia, em que o empresário viu a oportunidade de apostar na produção de chope artesanal. Assim surgia a Krug Bier, que hoje fabrica 200 mil litros mensais e, para este ano, projeta um crescimento de 20% na produção.

Desde 1708 a família Gangl produz cerveja. A austríaca Grieskirchner foi criada por eles. “Percebemos na época em que visitamos a Choperia Albanos que poucas casas em Belo Horizonte ofereciam chope artesanal. Quando mostrei interesse em fabricar a bebida aqui, logo tive um retorno positivo de bares e restaurantes. Em menos de um ano já estava produzindo na capital”, conta o austríaco, que inaugurou a fábrica em 1997.

A primeira unidade da Krug Bier surgiu no Belvedere, na região Sul da capital. Em 2005, porém, com a expansão da produção, ela foi transferida para o Jardim Canadá, em Nova Lima, Grande BH. A empresa tem choperias no bairros São Pedro, na região Sul de Belo Horizonte e no Minas Shopping, bairro União, região Norte, e Monte Carmo, em Betim, na Grande BH. A cervejaria produz 16 tipos de chopes puro malte, além 18 diferentes rótulos de cervejas artesanais.

Mas agradar o paladar do mineiro é um processo constante de mudanças. Ao longo dos anos, segundo Herwig, foram várias mudanças. “Tivemos que nos adaptar ao paladar do mineiro, que há 20 anos não gostava das cervejas amargas. Isso começou a mudar nos últimos sete anos, quando as pessoas já começaram a querer cervejas diferenciadas, e até mesmo das que têm alto teor alcoólico”, disse, observando que, por ano, a intenção é lançar ao menos três novos rótulos de cerveja.

Diversidade

A empresa conta com mais de 400 pontos de vendas em Minas e tem representação em dez estados, como Amazonas, Rio de Janeiro, Ceará e Goiás. Neste ano, uma das novidades foi a possibilidade de venda on- line dos rótulos. “Para facilitar as vendas, são apresentadas informações sobre cada tipo de cerveja, como teor alcoólico e possibilidades de harmoni-zação”, conta o empresário.

A Krug Bier também foi escolhida pelas bandas mineiras Skank e Tianastácia para produzir rótulos que levam os nomes dos conjuntos.

“Nós já temos mais microcervejarias no Brasil doque os Estados Unidos tem. Éum mercado que está crescendo muito aqui em Minas”Herwig GanglProprietário da Krug Bier

 Empresa projeta novidades em seus rótulos até o fim do ano

Neste ano, a Krug Bier já lançou a “Pretensão”, sexta cerveja da linha Expressionista, que tem, inclusive, detalhes em ouro em alto relevo no rótulo. A marca se prepara para apresentar ao público a Submissão, no Festival Brasileiro da Cerveja em Blumenau (SC), no próximo fim de semana.

“Podemos mensurar que 50% do nosso consumidor busca pelas cervejas especiais. No ano passado, lançamos cinco novos rótulos e vamos lançar mais alguns até o fim do ano. A novidade da Submissão é que é uma cerveja IPA session de tamarindo, sem glúten”, explicou o diretor da Krug Bier, o austríaco Herwig Gangl.

As cervejas session são de baixo teor alcoólico, mais encorpadas e de amargor bem intenso. Foram desenvolvidas na Europa para substituir a água, não potável na época, e para que, durante o trabalho, os empregados pudessem apreciar o líquido sem ficar bêbados.

A linha Expressionista, já com oito cervejas, é baseada no comportamento humano. O rótulo de cada uma delas tem uma série de figuras coloridas que intrigam e causam curiosidade sobre o que querem dizer. Toda a arte foi baseada nas representações do quadro “A Calúnia”, pintado por Apeles, considerado o melhor pintor da Antiguidade e, posteriormente, reproduzida por Irma Renault.

  

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