Incertezas sobre o futuro da Venezuela podem levar à mudança da data da posse do presidente

Renata Giraldi - Agência Brasil
02/01/2013 às 08:00.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:13

  BRASÍLIA - A posse do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que foi reeleito para o cargo, está marcada para a próxima semana, no dia 10. Caso ele não possa assumir o poder, pela Constituição, deve haver nova eleição para a Presidência da República do país. Interinamente o poder deve ficar sob o comando do presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) Venezuelana, Diosdato Cabello. As eleições devem ocorrer em um prazo de até 30 dias.   No entanto, aumenta no país a pressão de setores que apoiam Chávez para adiar a data da posse e marcá-la para o momento em que o presidente esteja plenamente recuperado. A controvérsia ainda não foi solucionada. Mas até o principal nome da oposição, Henrique Capriles, disse ser favorável à mudança da data da posse.   Para especialistas, se houver nova eleição na Venezuela, o processo será polarizado entre o candidato governista – o atual vice-presidente e o presidente interino, Nicolás Maduro – e Capriles, que em outubro perdeu as eleições para Chávez, mas venceu a disputa para governar o estado de Miranda, o mais populoso e rico da Venezuela. No país, o vice-presidente é indicado pelo presidente.   As incertezas sobre o estado de saúde de Chávez, operado no mês passado em Cuba para a retirada de um tumor maligno na região pélvica, aumentaram nos últimos dias. Não há dados sobre o retorno do presidente venezuelano ao poder.   A seguir, veja os principais nomes da política venezuelana:   Diosdato Cabello É o presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) da Venezuela e leal aliado do grupo de Chávez. Foi o primeiro a defender a mudança na data da posse para que o presidente tenha condições de assumir o poder. Em entrevistas, costuma elogiar e destacar o papel de Chávez na história política e diz que ele é um exemplo a ser seguido    Nicolás Maduro É o atual presidente interino do país, mas ocupa também os cargos de vice-presidente e ministro das Relações Exteriores da Venezuela. Líder sindical, ele conquistou o lugar de número 2 no país nos últimos seis anos. Budista, Maduro é elogiado por diplomatas estrangeiros por sua habilidade política e de articulação.   Henrique Capriles É o governador de Miranda, estado mais populoso e rico da Venezuela. Ele disputou, em outubro, as eleições com Chávez e perdeu, mas se transformou no principal nome da oposição do país. Apesar de ser um crítico constante do governo, ele foi favorável à mudança da data da posse para que Chávez assuma o poder.   Rafael Ramírez   É o ministro do Petróleo e de Minas da Venezuela, apontado como o terceiro nome na política local, depois de Chávez e Maduro. No mês passado, quando houve a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul em que a Venezuela foi o alvo das atenções, Ramírez representou o país em nome de Chávez que estava em tratamento médico em Cuba.

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