Inflação em BH: alimentos ficaram mais baratos, mas gasolina e seguro pesaram no orçamento

Janaína Oliveira
joliveira@hojeemdia.com.br
04/01/2018 às 21:28.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:36
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Após anos de fúria, o dragão ficou mais manso em 2017. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, apresentou variação positiva de 3,94% em Belo Horizonte, bem abaixo dos 7,86% registrados em 2016. Em 2015, o índice chegou a 11,82%.

Segundo os dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), a inflação de 2017 ficou dentro da meta definida pelo governo federal principalmente graças ao comportamento dos preços dos produtos alimentares. 

Com produção em alta e safras abundantes, o grupo alimentação variou 0,06%, ou seja, permaneceu praticamente estável no período. O tomate, por exemplo, que já foi considerado o vilão da inflação em outras épocas, ficou 17% mais barato em 2017. 

A dupla arroz e feijão também ficou mais acessível, com quedas de 4,60% e 37% no ano, respectivamente. O alho, cujo preço também chegou a assustar em outros períodos, teve queda de mais de 20%. Ainda ficaram mais baratos maça (-29%), açúcar (22%), banana caturra (-33%) e do tipo prata (-27%), além da linguiça (-8%), do mamão (-16%) e do queijo mussarela (-4,3%).

Por outro lado, apesar da trégua no carrinho de compras, pesaram no bolso do consumidor de Belo Horizonte principalmente os grupos Habitação, com alta de 2,14%, artigos pessoais, com avanço de 4,45%, e despesas com transporte, energia elétrica e combustíveis (6,74%). 

Os dados da Fundação Ipead mostram ainda o que todo o consumidor já percebeu ao abastecer o carro. A gasolina encareceu 14% em 2017, segundo a pesquisa. A elevação no preços das bombas se fortaleceu a partir de julho do ano passado, quando a Petrobras colocou em prática a nova política de reajuste de preços. Para acompanhar a oscilação das cotações no mercado internacional, a estatal passou a modificar os valores quase que diariamente. 

Além de pagar mais caro no posto, o motorista teve ainda que arcar com o seguro mais caro do veículo. O item subiu quase 28%. 
Outra conta que desfalcou o orçamento foi o plano de saúde individual. O item ficou 13,5% mais caro no ano. 
 

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