Jovem com manchas em todo o corpo quer ser Miss Malásia

Estadão Conteúdo
28/06/2017 às 13:15.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:17
 (Instagram/Reprodução)

(Instagram/Reprodução)

Uma jovem da Malásia que sofreu bullying quando criança e adolescente pode ser a próxima Miss Universo. Evita Delmundo tem 20 anos e nasceu com pintas no rosto e no corpo.

Quando estudava, seus colegas de escola a chamavam de 'monstro' e 'cookies com gotas de chocolate' por conta das pintas. Porém, no ensino médio, ela resolveu aceitar melhor a si mesma, apoiada por sua mãe, que dava aula na escola em que ela estudava.

"Definitivamente, não foi fácil. Eu sofri bullying no ensino fundamental e as outras crianças me chamavam de nomes como 'monstro', o que era realmente muito duro de lidar sendo uma criança tão nova", contou ela ao Daily Mail.

"No ensino infantil, ninguém queria ser meu amigo. Eu lembro de uma professora tendo de pedir para duas meninas me acompanharem durante uma atividade, e elas ficavam cochichando: 'Por que nós temos que tratá-la como uma princesa?'. Isso quebrou meu coração. Eu disse que elas não tinham que me seguir e, então, elas foram embora imediatamente. Basicamente, eu era uma menina solitária", comentou Evita.

Na infância e na pré-adolescência, Evita tinha muita vontade de tirar as pintas com cirurgias. Os médicos, porém, alertavam sua família que o procedimento poderia pôr a saúde da menina em risco. Além disso, as pintas não eram causadas por nenhuma doença, são apenas pintas comuns.

Quando ela tinha 16 anos, decidiu se aceitar como era. Evita então começou a ter aulas de canto e de violão, o que a ajudou a gostar mais de si mesma. Agora, Evita trabalha em uma cafeteria e, recentemente, fez audições para o Miss Malásia. Se ganhar a competição, ela vai representar o país no Miss Universo.

A primeira audição ocorreu no dia 17 de junho, e agora ela está esperando os resultados para saber se vai continuar para as próximas fases da competição. Evita ressalta que, mesmo se ela não conseguir bons resultados na competição, não terá sua confiança abalada e vai continuar entrando em outros concursos de beleza.

"Eu aprendi a aceitar minhas marcas de nascença e me amar. Lentamente, eu ganhei confiança para mostrar como sou única. Os jurados me perguntaram várias coisas, sobre como eu iria promover a Malásia se ganhasse o Miss Universo. Eu estou cruzando os dedos. Se eu não ganhar, é apenas uma competição", completou. 

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