(Rodrigo Clemente/ Divulgação PBH)
O funcionalismo público e a prefeitura estão longe de chegar a um consenso sobre o reajuste salarial. Se de um lado os servidores rejeitam a proposta de aumento de 2,53% nos vencimentos e de 2,58% no vale refeição, de outro, o prefeito afirma que eles devem “sair da bolha” e aceitar a dificuldade de se fazer caixa na atual conjuntura econômica de crise.
“Estamos dando um reajuste que é o dobro da inflação do período. O funcionário público é um cidadão brasileiro que tem o emprego assegurado e deve valorizar isso. Temos que colocar os pingos nos is e pedir aos servidores que nos ajudem”, disse neste domingo o prefeito. Ele afirma que é melhor aceitar esse valor do que “não receber o salário em dia ou levar a prefeitura para a mesma situação que se encontra o estado e várias prefeituras do país”.
O vice-prefeito, Paulo Lamac, explica que a proposta é apresentar um aumento compatível com a arrecadação. Ele afirma que uma contraproposta pode até ser apresentada mas antes seria preciso analisar de onde sairia o dinheiro para isso. “Não vamos fazer loucura e expor a cidade que já enfrenta dificuldades a riscos maiores em uma política populista. Não fechamos a discussão com nenhuma categoria. Temos a mesa de discussão aberta”, garante.
Ao mesmo tempo, a categoria, por meio da Sindibel, já se posicionou pela rejeição da proposta. Na avaliação dos servidores, ela não recompõe perdas e precisa ser melhorada.
De acordo com informações do DIEESE, que tem assessorado o sindicato no processo de negociação, as perdas dos servidores públicos municipais de Belo Horizonte acumuladas de novembro de 2014 a 1º de julho de 2017 representam 13,45% em 30 de junho de 2017.