Líder do Governo busca apoio de parlamentares para barrar impeachment

Lucas Simões
lsimões@hojeemdia.com.br
17/05/2018 às 20:40.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:54

Um dia após a aprovação do rito do impeachment contra o governador Fernando Pimentel (PT), o líder de governo na Assembleia Legislativa, deputado Durval Ângelo (PT), se reuniu com o chefe do Executivo para “tranquilizá-lo” sobre o andamento do processo da Casa. Segundo o parlamentar, em encontro no Palácio da Liberdade, nesta quinta-feira (17) pela manhã, 15 deputados que não compõem a base governista garantiram votar contra o impeachment, caso o processo avance.

“Hoje (nesta quinta), nós tínhamos 15 deputados de partidos que até não vão estar conosco nas eleições, apoiando Pimentel”, disse Durval. “Se a oposição está querendo encurtar o mandato do governador, é porque ele fica inelegível. Eles estão querendo ganhar no tapetão o que não conseguem fazer nas urnas”, completou o petista.

Caso o processo de impedimento contra o governador prossiga na Assembleia — após cumprir todo um rito que envolve a apreciação de duas questões de ordem que ainda travam o processo, além da instalação da Comissão Especial para julgar a denúncia — a oposição precisa de 52 votos para afastar o governador. Já a base governista necessita de 26 votos favoráveis (ou abstenções) para enterrar o processo.

Alguns deputados da oposição, como Gustavo Corrêa (DEM), afirmaram que Pimentel estaria convocando parlamentares oposicionistas para negociar emendas, em troca de apoio na Casa. “Nós sabemos de parlamentares que estão sendo sondados pelo governo. Se o governador for liberar emendas parlamentares para se livrar do impeachment, ele não vai conseguir”, disse Gustavo.

O líder de governo, Durval Ângelo, negou que Pimentel precise barganhar apoio político diante ao processo de impedimento. “Para que o governador precisaria se reunir com deputados de oposição, se o bloco de oposição é formado por 21 deputados? E nós temos 56 deputados que são do governo. Então, os 56 do governo já seriam mais do que suficientes (para barrar o impeachment)”, rebateu o petista.

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