Líderes ucranianos acusam a Rússia de tentar "desmantelar o país"

Agencia Estado
07/04/2014 às 12:00.
Atualizado em 18/11/2021 às 01:59

Líderes ucranianos subiram o tom das críticas contra a Rússia pelo que dizem ser um esforço para "desmantelar o país" com uma nova onda de agitação, após manifestantes pró-Rússia terem ocupado um prédio do governo em Donetsk e convocado um referendo sobre a independência da região.

O presidente em exercício da Ucrânia, Oleksandr Turchynov, disse acreditar que os recentes acontecimentos no leste representam "a segunda onda da operação especial da Rússia contra a Ucrânia, que busca a desestabilizar e derrubar o atual governo, frustrar as eleições e desmantelar o país".

"Os inimigos da Ucrânia estão tentando remontar o cenário da Crimeia, mas nós iremos evitar isso", disse o presidente, atribuindo a responsabilidade pela agitação em Donetsk, Kharkiv e Luhans aos serviços secretos russos.

A Rússia tem alertado repetidamente que está preparada para intervir para proteger russos étnicos no leste e sul da Ucrânia de supostas ameaças por parte de nacionalistas ucranianos. A Rússia aglomerou milhares de militares na sua fronteira com a Ucrânia, de acordo com autoridades dos Estados Unidos e ucranianas.

Mais cedo, o primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, acusou a Rússia de exercer um papel na agitação que começou no domingo. "Está absolutamente claro para todos que um plano contra a Ucrânia, contra Donetsk, contra Kharkiv está sendo implementado. Um plano para desestabilizar a situação, um plano para tropas estrangeiras cruzarem a fronteira e assumir o território do país, o que não permitiremos", afirmou, de acordo com agências de notícias locais.

O ministro do Interior da Ucrânia, Arsen Avakov, disse que a situação "irá voltar a ficar sob controle sem sangue". A polícia adotou táticas passivas nas última semanas para evitar provocar violência, permitindo a manifestantes entrarem em prédios do governo ocasionalmente e sair logo depois. Avakov disse que a "postura passiva irá continuar", mas isso não significa que qualquer um que vai encarar a ilegalidade dos provocadores como um pacifista".

Turchynov cancelou uma visita programada à Lituânia e disse que colocando a situação sob seu controle pessoal. O governo enviou importantes autoridades de segurança para o leste. O chefe do serviço de segurança da Ucrânia, Valentyn Nalyvaichenko, e o principal assessor de segurança do presidente, Andriy Parubiy, partiram para Luhansk na manhã de segunda-feira. Vitaliy Yarema, vice-primeiro-ministro encarregado da aplicação da lei, voou para Donetsk. O ministro do Interior, Arsen Avakov, se dirigia para Kharkiv. A ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko também chegou a Donetsk para ajudar nas negociações. Fonte: Dow Jones Newswires.
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