Lançado pré-candidato do PSD em Belo Horizonte, vice rejeita apoio do PT

Ezequiel Fagundes
erios@hojeemdia.com.br
05/04/2016 às 12:21.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:47
 (Ezequiel Fagundes/Hoje em Dia)

(Ezequiel Fagundes/Hoje em Dia)

Pré-candidato a prefeito de Belo Horizonte pelo PSD, legenda aliada e atualmente uma das mais cortejadas pelo Palácio do Planalto para conter o processo de impeachment, o vice-prefeito da capital, Délio Malheiros, afirmou ontem que não aceita em hipótese alguma o apoio do PT.

Questionado com quem não estaria ao lado na campanha municipal deste ano, Malheiros respondeu: “Não estarei com o PT. Se tiver que ceder e aliar ao PT, a tendência disso acontecer é a menor possível”.

A sigla, no entanto, ocupa espaço no governo da presidente Dilma Rousseff com o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab à frente do Ministério das Cidades, uma das pastas de maior visibilidade do Planalto. Com o aperto da crise política, agravado com o desembarque do PMDB do governo, o PSD passou a ser uma das legendas mais cortejadas pelo governo federal na busca de apoio para barrar o processo de impeachment.

Mesmo assim, Malheiros diz que estará ao lado do grupo político do senador Aécio Neves (PSDB) e do prefeito Marcio Lacerda (PSB) em uma eventual disputa de segundo turno. “Tenho certeza que no segundo turno, as três candidaturas que aí estão quase colocadas, a nossa, do PSDB e do prefeito Marcio Lacerda, certamente estarão juntas”, prevê.

Para Malheiros, a eleição da capital não sofrerá influência da crise nacional porque, na visão dele, o governo Dilma não vai resistir até o pleito de outubro. “No momento dessa eleição o cenário nacional estará completamente alterado. Não teremos esse governo. Esse governo perdeu a validade”, declarou.

Délio Malheiros diz que estará ao lado do grupo político de Aécio Neves (PSDB) e Marcio Lacerda (PSB) em um eventual segundo turno e que o governo da presidente Dilma Rousseff não resistirá até a eleição de outubro porque perdeu a validade

Para o presidente do PSD de Minas, deputado federal Diego Andrade, sobrinho do ex-senador Clésio Andrade, a candidatura de Malheiros representa uma terceira via. “Na verdade, a gente já não aguenta mais essa polarização de PT e PSDB. A gente tem respeito a pessoas dos dois partidos, mas a gente precisa de partido como alternativa para construir um projeto para Belo Horizonte. O povo está cansado disso tudo que está aí”, criticou.

Sem espaço no PV, que preferiu apostar fichas na pré-candidatura do secretário de Turismo, Mário Henrique, Malheiros aceitou o convite para se filiar ao PSD. “Se meu nome tivesse sido viabilizado em consenso, evidentemente que era um convite difícil de ser recusado. Quando percebemos que cada partido iria seguir seu caminho, resolvi seguir o meu”, explicou.

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