Lenir Maia vende 70 mil bem-casados por mês; doceira atende até casamentos no exterior

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
03/01/2016 às 08:39.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:52
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

A empresária Lenir Maia desconhece o sabor amargo da crise. Doceira de mão cheia, ela vê a produção de bem-casados no Atelier Lenir Gourmet, em Belo Horizonte, aumentar a cada dia. Hoje já são 70 mil unidades por mês. Feita com recheio de leite condensado transformado em doce de leite, pão de ló com fécula de batata e envolta em uma fina camada de calda de açúcar, a iguaria garante emprego e renda a 20 funcionários.

A história da empresa começou por acaso. Artista plástica, Lenir foi durante muito tempo professora de artes. Também manteve com o marido um curso de matemática da franquia japonesa Kumon. Até que a filha caçula, estudante de Medicina, subiu ao altar. E fez questão que o bem-casado da cerimônia fosse produzido pela mãe.

“Toda vida tive fama de boa cozinheira. Nas festas da família não podia faltar um quitute feito por mim. Quando minha filha resolveu casar, ela me pediu para que fizesse os bem-casados. As colegas dela adoraram e começaram a fazer encomendas. A propaganda boca a boca rendeu frutos e não parei mais”, diz.

A produção começou na cozinha do lar, depois foi transferida para um espaço alugado no Gutierrez e hoje ocupa uma casa própria de 200 metros quadrados no Prado. De lá, saem doces para o interior de Minas e para outros estados como São Paulo, Rio, Porto Alegre e Manaus. As guloseimas já fizeram sucesso inclusive em casamentos no Peru e na Venezuela.

Segundo Lenir, a oportunidade do negócio cresce com a infinidade de celebrações em que os bem-casados têm ganhado destaque. Os bolinhos não são apenas frequentes em casamentos, mas também são servidos em festas de formatura (bem formados), comemorações de empresas (bem sucedidos), nascimentos (bem nascidos), bodas de prata e de ouro (bem unidos) e até em velórios mais requintados (bem velados).

Segundo Lenir, a receita exige uma generosa pitada de paciência. “Só para chegar a calda ideal levei cerca de seis meses. Eu queria que ela ficasse bem sequinha”, diz. No ateliê são desenvolvidos mais de 100 tipos de embalagem, à escolha da cliente ou personalizadas com tecidos. O preço varia de R$ 3 a R$ 12.

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