Lucro da Cemig registra alta de quase 200%

Evaldo Magalhães
efonseca@hojeemdia.com.br
03/04/2018 às 21:41.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:09
 (Euler Junior/Divulgação/Cemig)

(Euler Junior/Divulgação/Cemig)


Prestes a elevar as tarifas para os consumidores do Estado em 25% em média, no final de maio, conforme percentual sugerido e em estudo pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Companhia Energética de Minas gerais (Cemig) detalhou, ontem, na sede da empresa, o balanço financeiro de 2017. 

A empresa obteve lucro líquido de R$ 1 bilhão, quase 200% superior ao registrado em 2016 (R$ 335 milhões). Também apontou elevação significativa na geração de caixa: medida pelo Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Lajida), o valor apurado foi de R$ 3,5 bilhões, 32% superior ao do no ano anterior. Já a receita líquida atingiu quase R$ 22 bilhões, com 15,7% de crescimento.

Questionado sobre o possível aumento nas tarifas da Cemig Distribuição, o terceiro maior do país – o percentual médio fica atrás apenas dos estudados para operadoras do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul–, em contraste com os bons resultados do balanço, o diretor financeiro e de relação com investidores da Cemig, Maurício Fernandes, garantiu: os números sugeridos refletem, entre outros fatores, uma compensação por grandes investimentos feitos pela companhia, nos últimos cinco anos.

“Quem faz o cálculo dos reajustes é a operadora nacional e não a Cemig. Além disso, nos últimos cinco anos, período considerado para a definição da revisão tarifária, investimos R$ 5 bilhões na melhoria do atendimento, em novas instalações, na ampliação dos serviços. Tudo isso entra no cálculo”, disse Fernandes.
O diretor destacou ainda que, do reajuste a ser aplicado nas tarifas da empresa, caso fique mesmo em torno dos 25% médios, apenas 4% serão efetivamente repassados à Cemig. “Isso é mais uma evidência de que trata-se de uma regra do sistema como um todo”, afirmou.

Fernandes também lembrou que, em 2016, houve redução das tarifas em Minas, superior a 5%, enquanto no restante do país o que houve foi um aumento médio de 3,4%. Para este ano, porém, o reajuste médio nacional será de 12%, metade do previsto para a Cemig. “Tanto reduções quanto aumentos de tarifas devem ser vistos na linha do horizonte, e não só no curto prazo, de um mês ou seis meses”, ressaltou.

Na apresentação do balanço, Fernandes também destacou a queda gradativa da dívida da empresa. Em 2017, ela diminuiu quase R$ 1 bilhão, passando de R$ 15,17 bilhões para 14,39 bilhões. 

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