Lula pede apoio ao mandato de Dilma, e Aécio vê lixo como destino do governo

Hoje em Dia*
21/11/2015 às 08:29.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:01

BRASÍLIA – O inferno astral pelo qual passa a presidente Dilma Rousseff (PT) parece não ter fim. Na sexta-feira (20), ela ficou sob fogo cruzado. De um lado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo por mais empenho para defender o mandato da petista. Disse que antes de pensar em 2016 e 2018, é preciso tirar o governo da agonia criada pela oposição. “Temos que ajudar a companheira Dilma a sair da encalacrada que a oposição nos colocou depois das eleições. Eles não souberam perder”. Do outro lado, o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, afirmou estar na hora de “colocar o governo petista na lata de lixo”.

Durante o 3º Congresso da Juventude do PT, em Brasília, Lula disse ainda que o partido pode fazer uma “surpresa” para aqueles que acham que o PT já acabou e que é fundamental que o partido se fortaleça ainda mais nas eleições do ano que vem para garantir a continuidade do seu projeto. “Não tem 2018 se a gente não tiver 2016”, disse. “Nós precisamos construir 2016, precisamos ter candidatos onde puder ter candidato”.

Lula voltou a dizer que não se pode permitir “que ladrão fique chamando petista de ladrão” e fez uma defesa do ex-tesoureiro João Vaccari, preso por suspeita de corrupção no esquema de propina da Petrobras. “Eu quero saber se o dinheiro do PSDB foi buscado numa sacristia”, disse.

Ao participar de solenidade para enaltecer o Dia da Consciência Negra na sede do partido em BH, Aécio Neves atacou o governo do PT. “Vamos acreditar porque está chegando a hora de colocarmos na lata de lixo a história desse triste episódio, dessa triste passagem do PT pelo governo. Vamos reescrever uma nova história para o Brasil e para Minas”.

Aécio ainda ironizou discurso de Dilma Rousseff em uma solenidade para homenagear o “Dia da Consciência Negra”, comemorado ontem. “Infelizmente, não estavam abertas as portas porque ela (Dilma Rousseff) só pode ir a eventos programados, não pode entrar ninguém sem carteirinha. Tenho certeza que se a presidente for a um evento aberto não vai gostar nada do que vai ouvir das mulheres negras e dos negros”, afirmou. “O governo do PT gasta mais com cafezinho do que em políticas para promoção de igualdade racial”, completou.

Quando perguntado sobre o impeachment de Dilma, o senador adotou um discurso mais brando do propagado durante 2015. Segundo o tucano, o partido não pode “ter como agenda exclusiva” a busca pelo impedimento da presidente.

(*) Com Thiago Ricci e agências

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