Luxo para pequenos sem recessão: segmento de moda infantil espanta retração e espera crescimento

Paula Coura
14/04/2017 às 15:28.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:08

O mercado de moda infantil conseguiu passar pelo pior da crise financeira sem apresentar retração. 
Enquanto o setor têxtil contabiliza um 2016 com queda aproximada de 6%, conforme a Associação Brasileira da Indústria Têxtil, o segmento infantil obteve crescimento de 0,5%. Para este ano, a expectativa é a de superar a leve alta. 
Empresários apostam em roupas personalizadas para atrair clientes exigentes e que buscam produtos requintados. 

Com uma gama de estampas, tecidos e aplicações em peças voltadas para o público infantil, a Monnalisa comemora 300% de crescimento no faturamento, se comparados os ganhos com a primeira coleção, lançada há dois anos, quando desembarcou na capital mineira, com o lançamento da estação equivalente em 2016/2017. 

A marca italiana, queridinha das celebridades, tem dois lançamentos anuais de roupas. 

“Para a próxima coleção, a de inverno, a expectativa é de aumento em 15% nas vendas”, explicou Felipe Chaves, diretor comercial da Monnalisa em Belo Horizonte.

Ele também explica que o público de grife infantil sempre se renova e, que por esse motivo, é necessário trazer muitas inovações. 


“Temos que ficar de olho nas crianças que estão crescendo com a marca e naquelas que ainda nem nasceram e podem vir a gostar da marca. As inovações garantem que a marca fique sempre viva no mercado”, complementou.
Quem também apostou no segmento foi a empresária Lilliam Braga, proprietária da loja Mãe de Príncipe. 
Com a maternidade e seguindo um desejo de milhares de mães, ela procurou maneiras de continuar trabalhando sem sair de casa. Há dois anos abriu uma loja virtual de venda de roupas de grife para meninos. 

A loja fez tanto sucesso que, neste ano, Lilliam investiu R$ 180 mil na abertura de um ponto fixo da marca, no bairro de Lourdes, na região Centro Sul de Belo Horizonte. 

“Sempre tive muita dificuldade em encontrar roupas de luxo para meninos. Foi quando percebi que poderia ser uma maneira de empreender e comecei a importar peças de grandes marcas”, afirmou Lilliam. 
A intenção é resgatar o investimento feito na loja física em até 12 meses. Para 2017, a empresária ainda projeta um crescimento de 15% nas vendas. “Mesmo não sendo aconselhável abrir um negócio em meio à crise, senti a necessidade de ter um ponto físico porque minhas clientes pediam por isso”, disse. 


De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) em 2014, a produção de roupas infantis no Brasil alcançou 1,5 bilhão de peças em 2014. “Para 2016, apesar de não termos os números fechados, a expectativa é que esse setor tenha crescido 0,5%. Todo o setor, de um modo geral, teve queda entre 5,5% e 6%”, afirmou Fernando Pimentel, presidente da Abit. Divulgação / N/A

Loja Mãe de Príncipe começou pela internet 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por