Manifestantes fazem protesto em BH contra reformas trabalhista e da Previdência

Filipe Mota
fmota@hojeemdia.com.br
28/04/2017 às 10:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:19

Os atos de protesto contra as reformas Trabalhista e da Previdência tiveram início em Belo Horizonte na Praça da Estação. Apesar da forte chuva que cai na capital, os manifestantes se concentraram no espaço por volta das 9 horas. 

Eles chegaram a pé e em ônibus organizados por movimentos sociais e sindicatos. Da Praça da Estação, o grupo seguiu em passeata para a avenida Afonso Pena. 

Com o crescimento da manifestação, o trânsito no hipercentro de BH, principalmente no entorno da Praça da Estação, ficou paralisado com bloqueios nas ruas da Bahia e Caetés, e avenidas dos Andradas e Amazonas.

Por volta das 11h, o grupo de manifestantes de entidades ligadas à CUT chegou à Praça 7, onde se encontrou com grupos ligados a outras centrais, como Nova Central e Conlutas. Em um só coro, eles gritam "Fora Temer" e "Greve Geral, o Temer passa mal". 

Nos carros de som, alguns dirigentes de centrais pedem "unidade da classe trabalhadora e das entidades" como forma de buscar barrar a tramitação do projetos das reformas previdenciária e trabalhista (aprovada na Câmara dos Deputados esta semana e em análise pelo Senado).

 Ana Paula LimaVista lateral da chegada dos manifestantes à Praça da Estação para protesto contra reformas da Previdência e trabalhista


Adesão

A presidente da CUT-MG e do SindUte, Beatriz Cerqueira, minimizou o impacto da chuva no esvaziamento da mobilização. "Hoje o sol também fez greve", brincou. "Mas a reunião das pessoas na praça e nas ruas é uma consequência da mobilização. O mais importante e objetivo principal do dia de hoje é a paralisação é isso tem sido alcançado", afirma.

"Estamos mostrando nossa indignação com esse processo de retirada de direitos", afirmou Olga da Silva, do Movimento Feminino Popular. "Essa conjuntura de reformas retira parte substancial dos direitos assegurados aos trabalhadores, mas vende uma ideia de modernização das relações trabalhistas", afirmpou o servidor público Daniel Fernandes.

O discurso é semelhante ao de Luciana Leonardo Pereira, funcionária aposentada da Caixa. "Temos que fazer um país mais cidadão, onde todos tenham direito às necessidades básicas, e não é este o caminho que estamos percorrendo atualmente", disse.

Lojas e serviços paralisados 

Na avenida Paraná, no coração do Centro da Cidade, várias lojas ainda se encontram com as portas cerradas, após o horário normal de abertura, às 9h. Próximo à Praça Sete, no entanto, a maior parte das lojas estava abrindo ou já abertas.

O BH-Resolve também não funcionou, segundo a Prefeitura, porque muitos funcionários não conseguiram chegar ao local. "Tinha um processo hoje para resolver com o PROCON do BH-Resolve. Trabalho em Nova Lima e não tenho como voltar depois. Corro o risco de pagar uma multa", afirma o autônomo Orlando Silva, 58.

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