MBL se arrepende de apoio dado a brasileiro preso na Venezuela

Estadão Conteúdo
11/01/2018 às 13:18.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:42
 (Reprodução/Facebook )

(Reprodução/Facebook )

O Movimento Brasil Livre (MBL) acusou o brasileiro Jonatan Moisés Diniz, preso durante 11 dias na Venezuela, de utilizar práticas desonestas semelhantes às do governo de Nicolás Maduro, a quem acusa de "levar as crianças venezuelanas à mais pura miséria".

A crítica foi feita em nota na internet depois da divulgação do vídeo em que o catarinense revela ter premeditado sua detenção para chamar atenção para a causa defendida por sua ONG, a "Time to Change the Earth" (Hora de mudar a Terra, em tradução livre).

"Jonatan aparece na Califórnia, e sua postura arrogante e triunfalista se assemelha a de um psicopata", diz o texto do MBL. "Percebe-se que Jonatan não sabe o que fala, tampouco o que faz. Que padece de um egoísmo doentio e, aparentemente, de profunda desonestidade", acusa o Movimento.

Até por volta das 12h desta quinta-feira, 11, a mensagem teve mais de 2,5 mil interações no Facebook, com a grande maioria dos internautas defendendo o MBL e criticando a tática adotada por Diniz. A reportagem pediu que Diniz comentasse as críticas do MBL, mas ainda não obteve retorno. O espaço está aberto para a manifestação dele.

"O Movimento Brasil Livre - MBL - vem por meio desta pedir desculpas para seus seguidores por tê-los envolvido na campanha para libertar um charlatão desonesto que envergonha o País", prossegue o grupo. "E lamenta, também, pelo incansável trabalho de seus ativistas que batalharam durante o Natal e o ano novo divulgando a arbitrariedade cometida pela ditadura de Maduro."

Em outra publicação, do dia 3, o MBL tinha comparado o caso de Diniz com o do brasileiro Rodrigo Gularte, executado em abril de 2015 pela Indonésia depois de ser preso no país com seis quilos de cocaína. Na mensagem, o movimento alegou que o governo e a imprensa tinham se mobilizado no caso de Gularte, mas não tinham agido em relação à prisão Diniz.

Por fim, os ativistas dizem que apesar de o caso mostrar o que consideram "o que há de pior no ser humano", também despertou "o que há de melhor em milhões de brasileiros", ao se referirem à onda de solidariedade que a prisão de Diniz promoveu nas redes sociais.
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