Ministério Público denuncia 36 pessoas investigadas na Operação Mar de Lama

Da Redação
primeiroplano@hojeemdia.com.br
09/06/2016 às 11:21.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:49
 (Leonardo Morais/Hoje em Dia)

(Leonardo Morais/Hoje em Dia)

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou na manhã desta quinta-feira (9) 36 pessoas envolvidas em um esquema de desvio de dinheiro público em Governador Valadares, no Leste do Estado. Os recursos era destinados a ações emergenciais na cidade.

Entre os denunciados estão vereadores, secretários municipais, funcionários do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e proprietários e responsáveis por empresas. Entre os crimes estão corrupção ativa e passiva, associação criminosa, peculato-desvio e advocacia administrativa.

A investigação "Mar de Lama" começou em 2013, mas foi deflagrada, em duas fases, em abril deste ano. Até o momento, 26 servidores foram afastados das funções, sendo que 13 deles são vereadores.

Segundo a PF, um grupo foi instalado no Executivo do município e no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) da cidade, composto por agentes públicos do alto escalão da administração pública municipal e financiado por empresários contratantes com o serviço público.

O nome da operação se refere aos alagamentos causados pelas chuvas torrenciais que atingiram a cidade de Governador Valadares e causaram grande destruição ao município, no terceiro trimestre de 2013. Os desvios teriam ocorrido, então, nas obras para recuperar a cidade dos impactos das chuvas.

As investigações começaram em 2013 quando o Ministério da Integração Nacional repassou R$ 4,5 milhões à cidade para ajudar a recuperar vias e canais destruídos pela chuva.

Como os crimes praticados também envolveram recursos estaduais e municipais manteve-se na Justiça Federal apenas aqueles praticados na execução de convênios custeados com recursos federais, encaminhando-se para a seara estadual os demais. “Assim, o MPMG, após a realização de diversas diligências complementares, entre elas prisões cautelares, mandados de busca e apreensão, afastamento de cargo público, bloqueio de valores e sequestro de bens, é o responsável pelo oferecimento destas denúncias”, esclarece o coordenador do Gaeco de Governador Valadares, promotor de Justiça Evandro Ventura.

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