Ministro do Supremo nega pedido de prisão de Aécio Neves

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
18/05/2017 às 12:44.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:36
 (ANDRE DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO)

(ANDRE DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO)

Alvo de escândalo envolvendo corrupção, o ex-senador mineiro Aécio Neves não será preso. A decisão de deixar o parlamentar em liberdade foi tomada no início da tarde desta quinta-feira (18) pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação "Lava Jato" no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em despacho, Fachin determinou ainda que o caso não será levado para apreciação no plenário. O gabinete do ministro informou que o pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, só será analisado pela Corte caso o próprio Janot recorra da decisão.

Apesar de não correr o risco de ser detido nas próximas horas, Aécio Neves está temporariamente proibido de exercer as funções parlamentares. Ele teve que entregar os passaportes e está impedido de deixar o país. 

Segundo o STF, as delações feitas pelos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, de que o então presidente do PSDB aparece pedindo R$ 2 milhões ao executivo, sob a justificativa de que precisava da quantia para pagar despesas com sua defesa na "Lava Jato".

Operação

Por causa das denúncias feitas por Joesley e Wesley, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) vasculharam imóveis de Aécio em Belo Horizonte, Cláudio (na região Centro-Oeste de Minas), Rio de Janeiro e Brasília. Das residências e fazenda, os agentes recolheram materiais que vão ser analisados pela corporação.

Além do ex-senador, a irmã do tucano, Andrea Neves, também foi alvo da ação. Ela, inclusive, foi detida em um condomínio de Nova Lima, na Região Metropolitana de BH. O braço-direito do político está sendo interrogada na sede da PF na capital mineira e, de lá, será levada para o Instituto Médico-Legal (IML) do município. Depois vai ser encarcerada na Penitenciária Feminina Estevão Pinto.

O senador Zezé Perrella (PMDB-MG) e outras pessoas ligadas aos dois parlamentares também foram alvos de busca e apreensão pela PF. As medidas foram autorizadas por Fachin.

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