Moda detox engorda caixa do setor de sucos prontos

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
21/02/2015 às 08:07.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:05

A moda do detox, que promete desintoxicar o organismo e ajudar a eliminar os quilinhos indesejáveis, está vitaminando a indústria de sucos prontos no Brasil. Segundo a consultoria Nielsen, o produto, que leva de pepino a couve na composição, se encaixa no segmento de sucos funcionais e responde por até 3% dos quase 1 bilhão de litros da bebida vendidos por ano no Brasil. A combinação praticidade e ingredientes saudáveis tem engordado o caixa das empresas do setor.   Empreendedores lançam novas versões e querem um gole do mercado rentável. A carioca ‘do Bem’ comemora 50% de aumento no faturamento em 2014. Com apetite para conquistar a clientela, o fundador e idealizador da marca, Marcos Leta, espera o mesmo crescimento para este ano. Ao preço de R$ 5 a R$ 12, sucos integrais – laranja, uva e tangerina – e sucos com frutas e vegetais – Detox Monstro, Vem Meu Bronze e Detox Faixa Branca – são encontrados nas gôndolas de mais de 15 mil pontos de venda em 16 estados, inclusive Minas Gerais.   “O mercado mineiro tem uma preocupação grande com alimentos e bebidas de maior qualidade. Podemos notar no supermercado Verdemar, por exemplo. Temos excelentes clientes em Minas e cada dia que passa recebemos mais e-mails pedindo nossos sucos”, relata o empresário. Ele pediu demissão do emprego, “enquadrou” a gravata e viajou pelo mundo para conhecer tecnologias e experimentar bebidas.   “Ao ver o que era feito de mais legal, tive certeza de que podia fazer melhor, juntando exatamente o que tinha imaginado: uma casa de sucos dentro de embalagens legais”, diz. Investimentos e lucro são mantidos em segredo.   O empresário Edson Mazeto Júnior investiu R$ 1 milhão para criar a marca Juxx, em Barueri, São Paulo. Com preços sugeridos entre R$ 10,99 a R$ 14,90, a linha de sucos conta com cinco sabores de frutas, todos elas ricas em antioxidantes e outras propriedades medicinais.   “Baseado em estudos de universidades estrangeiras, as frutas que compõem as bebidas Juxx são aliadas à prevenção de diversas doenças. Cranberry, por exemplo, combate infecção urinária. Já a romã tem ação anti-inflamatória e aumenta o nível de testosterona, tornando-se um estimulante sexual natural”, propaga Mazeto. Outras opções são ameixa (melhora o funcionamento do intestino), blueberry (ajuda a regular o índice de açúcar no sangue) e frutas vermelhas, batizado de Antiox. Entre os clientes, supermercados e distribuidores de bebidas no país e em Minas.   Uma parte da produção mensal, de 500 mil litros em média, é feita no município de Araguari, no Triângulo Mineiro. Em 2013, último dado disponível, o faturamento bateu a casa dos R$ 17 milhões. Para este ano, a meta é incrementar os lucros em 42%, com oferta de novos produtos e consolidação do recém-lançado Antiox. “Esse suco possui 35 vezes mais resveratrol, que é uma substância que protege a saúde do coração, do que o vinho”, diz o diretor da Juxx.   Inaugurada em dezembro de 2012 pelas amigas Bianca Franchini, Isa Ferrantte e Juliana Henrique, a Uuulalá oferece desde o típico suco verde com couve, salsão e pepino até um suco bicolor, o Amarelouco. A empresa também comercializa leite vegetal de amêndoas e limonada apimentada. Os produtos são vendidos nas versões fresco, com duração de três dias na geladeira, ou congelados (60 dias no freezer).   Cada embalagem custa de R$ 9,50 a R$ 19,50.   Genuinamente mineira, a Beet’s Alimentos Naturais, das empresárias Marina Lanza e Joyce Gobbi, também tem feito sucesso. São três kits, de R$ 130 (10 sucos verdes), R$ 90 (seis sucos funcionais para um dia de dieta detox) e R$ 42 (green light e dois sucos). Também são aceitos pedidos de no mínimo três unidades de sucos. As entregas são feitas apenas em Belo Horizonte, mediante pagamento de taxa. 

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