Morreu neste final de semana a adolescente de 16 anos esfaqueada por um judeu ultraortodoxo durante a Parada do Orgulho Gay, em Jerusalém. O evento reuniu 100 mil pessoas neste ano.
A adolescente Shira Banki estava entre as seis pessoas feridas na última semana pelo extremista religioso identificado como Yishaï Shlissel. O hospital Hadar Elboim of Hadassah informou que a jovem não resistiu aos ferimentos e que seus órgãos serão doados.
O autor já havia sido preso por um crime semelhante em 2005. Ele tinha sido libertado da prisão há três semanas. Colono ultraortodoxo Shlissel deixou três feridos na mesma parada, mas na edição daquele ano.
Tolerância zero
Com o crime, o governo de Israel anunciou neste domingo (2) medidas de punição aos extremistas. Além da morte de Shira, na sexta-feira (31) um bebê palestino foi assassinado em um incêndio criminoso na região.
No incêndio, os pais e o irmão da criança ficaram gravemente feridos. O crime foi provocado quando extremistas judeus lançaram bombas incendiárias dentro da casa da família, na Cisjordânia.
Palestinos e a ONU denunciaram o ataque e a "impunidade" na região. A crítica empurrou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a se pronunciar. Ele teria prometido "tolerância zero" com crimes deste teor.
Foi autorizada a "detenção administrativa", aquela que é feita sem acusações e por uma duração ilimitada. No entanto, até agora nenhum suspeito de ter participado dos ataques foi detido.
(* Com Agências)