Motos ‘Zero emissões’ são um promissor mercado até para marcas centenárias

Sérgio Melo
Especial para Auto Papo
26/03/2016 às 15:50.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:39
 (Divulgação)

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Os automóveis elétricos já circulam em vários países. Os híbridos são até mais comuns, como o Ford Fusion Hybrid, que pode ser adquirido nas concessionárias da marca em nosso próprio país. Então surge a pergunta: “E as motocicletas elétricas, quando entrarão em produção?” A resposta é “Já estão sendo fabricadas em escala comercial há muito tempo”!
 
Por falta de incentivo para a fabricação e utilização é que o assunto parece novidade por aqui. Já pensou se nossos governantes não achassem que a solução para o transporte urbano passa apenas pelas ciclovias, e também pensassem na limpa, pequena e leve motocicleta elétrica?

E não é só devagarzinho que elas “mandam bem”. Na insana corrida “Isle Of Man Turist Trophi”, (uma alucinante prova de velocidade por lindas paisagens à beira de abismos e pequenos vilarejos de uma ilha perto da Inglaterra), há anos as motos elétricas mostram do que são capazes.

Praticamente tão rápidas como as tradicionais, rasgam o montanhoso percurso com médias de 189 km/h. Em 2015 a categoria “TT Zero”, (de zero emissão de poluentes), foi vencida por John McGuinness da equipe Mugen, com uma motocicleta elétrica da Sinden equipada com baterias de lítio laminado de 370 volts.

Ciranda da alegria

Ninguém quer ficar de fora desse novo filão. Até a tradicionalíssima Harley Davidson que nunca se afastara do passado, em infinitas reedições dos modelos característicos da rebeldia americana sobre duas rodas por volta dos anos 1960, apresentou recentemente seu moderno protótipo funcional elétrico Live Wire, que chega aos 150 km/h, faz de zero a 100 km/h em 4 segundos e tem autonomia para 85 km.

Outra gigante na mesma estrada é a BMW, que já fabrica o Scooter elétrico “C Evolution” e acaba de apresentar seu modelo experimental de superesportiva movida a baterias, a eRR, desenvolvida em parceria com a Universidade Técnica de Munique.

EUA

Na vida real, o mercado americano conta com várias marcas à venda, (algumas começam a ser encontradas por aqui), como a Zero Motocycles com seis modelos que chegam a 157 km/h, arrancam de 0 a 100 km/h em 3,3 segundos, tem autonomia de até 300 km e, lá, custam cerca de US$ 15 mil. Há também a Empulse TT da Victory Motocycles que chega a 160 km/h e custa US$ 20 mil.

A KTM está eletrificando o barro com três modelos off-road Freeride E, dotados de 22 cv e apenas 108 kg. Por aqui, a Kasinski que atravessa graves problemas financeiros, oferecia em sua rede autorizada pequenas Sccoters e CUBs, por cerca de R$ 4 mil, com vocação por baixas velocidades de cerca de 50 km/h e autonomia de 50 km.

“A sorte está lançada”, basta que nosso governo dê incentivos para esta indústria de veículos não poluentes, pequenos e ágeis, que nosso ar, trânsito, economia e humor irão melhorar bastante. Ainda mais quando a produção em maior escala, tornar esse produto cada vez mais barato.

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