Movimentos sociais lotam a Praça Sete e pedem o fim da corrupção

Paula Coura
portal@hojeemdia.com.br
18/05/2017 às 17:57.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:37

Milhares de manifestantes se concentraram na praça Sete, no centro de Belo Horizonte, no início da noite desta quinta-feira (18), em protesto pela saída do presidente Michel Temer (PMDB) do governo. Organizado por diversas centrais sindicais e coordenado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), o ato chegou a inteditar diversas vias do hipercentro, deixando o trânsito complicado na região. 

Com faixas e cartazes, os manifestantes entoam "Fora Temer" e acompanham a explanação de líderes sindicais e políticos. Presente no palanque, a vereadora Áurea Carolina (PSOL) fez um discurso falando sobre as dificuldades do governo em concretizar políticas sociais voltadas para jovens e adolescentes. "Precisamos de Diretas Já!", disse Áurea. 

O deputado estadual Rogério Correia (PT) também defendeu o discurso de que sejam convocadas novas eleições.  "Tomara que haja eleições gerais porque o parlamento está todo podre" disse o deputado. Caso Temer seja deposto ou renuncie, a Constituição brasileira prevê que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (PMDB/RJ), assuma o governo interinamente. 

"Queremos Diretas Já. Participei do primeiro momento por eleições diretas em São Paulo e estou aqui novamente, lutando pela saída de Temer", disse a arteterapeuta Vani Luiza Cipriano, de 70 anos. 

"É um dia de lutar pela democracia. Não é a primeira vez que participo de um manifesto na luta por melhores condições. Vim fazer pressão", disse a professora Lilian Arão, de 50 anos.

Presente em Belo Horizonte durante o protesto, a senadora Gleisi Hoffmann (PT/RS) disse que hoje era um dia que não poderia estar na rua. "É preciso apurar todas as delações, ver o que é verídico, e ele (Aécio) tem que responder por isso", disse. "O Temer vai sair. Vai sair pelo impeachment ou pela cassação da chapa", complementou. 

Após os discursos, os manifestantes seguiram pela avenida Afonso Pena para depois subir pela rua da Bahia, passando pela avenida Augusto de Lima até a praça sete. Ao chegar no local, a caminhada foi extendida até a praça da Estação, terminando por volta das 20h. 

De acordo com Beatriz Cerqueira, presidente da CUT, que inclusive promoveu uma votação pela definição dos locais onde o protesto seguiria, a caminhada seria um que será um momento de ir  "conversando com a população a respeito das reformas que o governo propôs". A CUT e outras centrais sindicais são contra os projetos das reformas Trabalhista e Previdenciária, além da lei da Terceirização.  "São 50 mil pessoas em um ato convocado em menos de 24 horas. É a resposta da população nas ruas a tudo que está acontecendo no país. As pessoas vieram para a rua porque estão compreendendo o que está acontecendo", explicou. 

No próximo domingo (21), às 9h da manhã, está previsto um novo manifesto. A concentração dessa vez será na praça da Liberdade, na região Centro-Sul. "Com certeza nós caminharemos, mas lá nós vamos definir os atos que precisam ser feitos", explicou Beatriz. 

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