Mulher de Pimentel alega que não é dona da empresa

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
01/06/2015 às 08:49.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:17

Documentos de defesa da primeira dama de Minas Gerais, a jornalista Carolina Oliveira, foram divulgados ontem pelo advogado dela, Pierpaolo Bottini. Conforme anunciado por Fernando Pimentel em coletiva realizada no sábado, os documentos foram disponibilizados em um site (comunicadoimprensa.com.br) e enviados à imprensa por e-mail.

Carolina, que está grávida, não tem se pronunciado sobre o assunto. Conforme apontam a revista “Veja” e o jornal “O Globo”, atribuídas a um relatório da Polícia Federal (PF), a empresa Oli Comunicação e Imagens, que estaria no nome de Carolina, em Brasília, seria de fachada, usada para supostas operações financeiras ilícitas.

Contrato

No endereço eletrônico, há cópia do termo de encerramento contratual do aluguel da sala onde funcionava a agência de comunicação da primeira dama.

O término do contrato é datado de 20 de julho do ano passado e foi assinado pelo responsável pela Rafael Souza Empreendimentos Imobiliários. “A locatária devolveu o imóvel de acordo com o termo de vistoria assinado no início da locação, inclusive com a pintura geral nova”, aponta um dos termos do documento.

No dia 28 de agosto de 2014, segundo o advogado de Carolina, a sala foi ocupada por outra empresa, conforme alteração contratual feita na Junta Comercial. Esta outra companhia, chamada PP & I, seria uma das administradas pelo empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, empresário ligado ao PT e preso na última sexta-feira, suspeito de lavagem de dinheiro.

Bené seria amigo pessoal do governador Fernando Pimentel. Durante a campanha do petista ao governo do Estado, a gráfica da família do empresário recebeu 24 pagamentos, que variaram de R$ 1.450 a R$ 334.750.

Casa nova

Segundo Bottini, depois de deixar a sala, a Oli Comunicação e Imagens, da primeira dama, teve como novo endereço a sede do contador, sendo encerrada em novembro do ano passado.

“Não existiam duas empresas no mesmo lugar. Existia a empresa da Carolina Oliveira, que exerceu as atividades até julho de 2014 e depois disso o imóvel foi deixado e ocupado por outra empresa, a PP & I. Esta sim, investigada no inquérito”, disse o advogado da primeira dama em coletiva, no sábado.

Na sexta-feira, o apartamento de Carolina em Brasília foi alvo de busca e apreensão. A ação fez parte da Operação Acrônimo, da PF, que também cumpriu mandados na casa do ex-deputado federal pelo PT mineiro, Virgílio Guimarães.

Virgílio reconhece viagens no avião de Benedito Rodrigues

O ex-deputado federal petista Virgílio Guimarães e o filho dele, o deputado Federal pelo PT, Gabriel Guimarães, estiveram a bordo da aeronave do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, um dia antes de o avião King Air, de prefixo PR-PEG, ser apreendido com R$ 113 mil no aeroporto de Brasília.

As informações são do jornal “Folha de São Paulo”, que obteve a rota do avião e uma foto de Gabriel e Virgílio saindo da aeronave. Em entrevista ao Hoje em Dia, Virgílio afirmou que ele e o filho usaram o avião para ir a Curvelo, na região Central, agradecer aos eleitores a vitória de Gabriel na Câmara.

Ainda de acordo com ele, Bené é um antigo amigo da família e os embarques no King Air já foram realizados outras vezes. “A viagem não teve nada de mais. Curvelo é terra da minha família, foram muitos votos lá. Fomos agradecer”, disse o ex-deputado.

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