Após sequestro de avião, maioria dos passageiros é liberada no Chipre

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte
29/03/2016 às 09:06.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:41
 (Behrouz Mehri/AFP)

(Behrouz Mehri/AFP)

Um egípcio sequestrou um avião da EgyptAir nesta terça-feira (29) e forçou o piloto a pousar na ilha do Chipre, onde a maioria dos passageiros foi libertada.

O autor do sequestro ainda mantém, porém, quatro tripulantes e três passageiros em seu poder, segundo autoridades egípcias e cipriotas.

Ainda não se sabia a motivação do autor do sequestro, mas o presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, disse que o sequestro "não era algo que tenha a ver com terrorismo".

Uma autoridade do governo cipriota, que pediu anonimato, disse que o homem "parecia estar apaixonado".

Já a polícia do Chipre afirmou que o homem exigiu a libertação de 63 mulheres presas no Cairo.

Anastasiades, que falou ao lado do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, na Nicósia, foi questionado por repórteres sobre se poderia confirmar que o incidente tinha ocorrido por causa de uma mulher. "Sempre há uma mulher", respondeu a autoridade.

Uma autoridade de aviação civil, que pediu anonimato, disse que o homem deu aos negociadores o nome de uma mulher que vive no Chipre e enviou a ela um envelope. A relação entre o homem e a mulher não estava clara.

Trajeto

O voo MS181 decolou da cidade de Alexandria, no Mediterrâneo, e seguiria para o Cairo com pelo menos 55 pessoas a bordo, entre elas 26 estrangeiros, e uma tripulação de sete membros. Não estava claro ainda o nome do sequestrador.

Em entrevista coletiva no Cairo, o ministro da Aviação Civil do Egito, Sharif Fathi, recusou-se a identificá-lo. Um porta-voz do governo egípcio, Hossam al-Queish, disse anteriormente que o sequestrador era Ibrahim Samaha.

Uma mulher egípcia que se identificou como a mulher de Samaha, porém, disse que seu marido não era o sequestrador e que o companheiro estava seguindo para o Cairo para, em seguida, voar para os EUA para uma conferência.

O avião pousou no aeroporto da cidade cipriota de Larnaca, no sul do país. Segundo o Egito, havia oito norte-americanos, quatro britânicos, quatro holandeses, dois belgas, um francês, um italiano, dois gregos e um sírio a bordo.

Sem identificação

Três estrangeiros ainda não foram identificados. Não foram divulgadas as nacionalidades dos que ainda permaneciam no avião, por questões de segurança.

O incidente gera preocupação sobre a segurança nos aeroportos egípcios, cinco meses após uma aeronave russa ter um acidente minutos após decolar do resort egípcio de Sharm el-Sheikh.

Todas as 224 pessoas a bordo morreram no acidente. O governo russo disse posteriormente que um explosivo derrubou a aeronave e o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade.

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