Bombardeio dos EUA contra Estado Islâmico mata dezenas na Líbia

Agence France-Presse
19/02/2016 às 16:42.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:29

Um ataque aéreo dos Estados Unidos contra um campo de treinamento jihadista na Líbia matou dezenas de pessoas nesta sexta-feira, entre as quais provavelmente um líder do grupo Estado Islâmico (EI), informaram fontes líbias e americanas.

Segundo um funcionário americano do Departamento de Defesa, o bombardeio matou "provavelmente" uma autoridade do EI vinculada a dois ataques jihadistas na Tunísia em 2015.

"Os Estados Unidos realizaram um ataque aéreo cedo nesta manhã contra um campo de treinamento do EI perto de Sabrata, Líbia, que provavelmente matou o responsável do EI Noureddine Chouchanne", disse.

"Realizamos esta ação contra ele (Noureddine Chouchane) e o campo após determinarmos que ele e os combatentes do EI presentes no local preparavam ataques contra interesses americanos e de outros países na região", declarou por sua vez Peter Cook, porta-voz do Pentágono.

É a segunda vez em três meses que os Estados Unidos bombardeiam o EI na Líbia, um país mergulhado no caos desde 2011.

Destruição

A casa bombardeada ao amanhecer na localidade de Sabrata, 70 km a oeste de Trípoli, ficou completamente destruída, disse uma autoridade local líbia, Hussein al Dawadi.

"O ataque deixou 41 mortos, todas as vítimas estavam no interior da casa", acrescentou. Também informou sobre seis feridos. "A imensa maioria dos mortos eram tunisianos, provavelmente membros do EI", disse a fonte.

O próprio Chouchane era tunisiano, de 36 anos. Sua morte é um duro golpe para o EI na Líbia, assegurou Peter Cook, porta-voz do Pentágono. "Consideramos que sua morte terá um impacto imediato sobre as capacidades do EI em manter suas atividades na Líbia, para recrutar combatentes e, potencialmente, planejar atentados fora do país", explicou.

Os atentados atribuídos a Chouchanne foram lançados em julho em uma praia perto de Sousse, no qual 38 turistas morreram, e o do museu do Bardo de Túnis, em março, que matou 21 turistas e um policial.

Os dois ataques foram reivindicados pelo EI, que está sendo bombardeado pelo ar no Iraque e na Síria por uma coalizão internacional sob liderança americana.

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