Ex-presidente do Irã escreve carta a Trump criticando controle de imigração

Estadão Conteúdo
26/02/2017 às 09:21.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:43
 (AFP)

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O ex-presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad enviou neste domingo (26) uma carta para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Apesar de adotar um tom levemente conciliatório, ele abordou a imigração e disse que, no mundo contemporâneo, "os EUA pertencem a todas as nações".

Não é a primeira vez que Ahmadinejad envia cartas a um presidente norte-americano. Ele também havia escrito para os ex-presidentes George W. Bush e Barack Obama.

Na carta de mais de 3,5 mil palavras, o iraniano critica Trump pela proibição de entrada nos EUA imposta a sete países de maioria muçulmana, inclusive o Irã. A carta também mira melhorar a imagem de Ahmadinejad domesticamente depois que o Líder Supremo da nação o advertiu para que não disputasse as próximas eleições presidenciais de maio.

O texto da carta foi publicado pela imprensa iraniana. Nele, Ahmadinejad considera que Trump venceu as eleições ao "verdadeiramente descrever o sistema político dos EUA e a estrutura eleitoral como corruptos".

Ahmadinejad diminuiu a "dominância" dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU) e disse que a atuação dos norte-americanos em outros países trouxe "insegurança, guerra, divisão, morte".

O ex-presidente do Irã ainda ressaltou que 1 milhão de pessoas de ascendência iraniana vivem nos Estados Unidos, afirmando que policiais do país deveriam "valorizar e respeitar a diversidade das nações e das raças".

"Em outras palavras, os EUA do mundo contemporâneo pertencem a todas as nações, incluindo os nativos da terra", escreveu. "Ninguém pode considerar a si mesmo o dono e ver os outros como imigrantes".

A carta não faz qualquer menção ao programa nuclear iraniano. Sob Ahmadinejad, o país foi submetido a pesadas sanções enquanto o governos do Ocidente temiam que o Irã poderia promover a construção de armas atômicas. O atual presidente Hassan Rouhani firmou um acordo nuclear com potências mundiais, incluindo o governo Obama. Trump prometeu em campanha renegociar o acordo, sem dar detalhes. Fonte: Associated Press.
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