Grupo separatista pede a governo catalão que declare independência da região

Estadão Conteúdo
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01/10/2017 às 18:48.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:49
 (PAU BARRENA / AFP)

(PAU BARRENA / AFP)

O principal grupo separatista da Catalunha, o ANC, pediu ao governo regional que declare a independência da região após a violenta repressão policial durante o plebiscito deste domingo.

O líder do grupo separatista ANC, Jordi Sanchez, fez um discurso para uma grande multidão na praça principal de Barcelona, onde afirmou que espera que "muito em breve, veremos o nascimento de um novo Estado catalão". Sanchez avisou aos líderes locais que "não nos decepcionem agora. Chegou o momento da verdade".

O presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, prometeu declarar independência 48 horas depois da votação caso o "sim" ganhasse. No entanto, não houve campanha pelo "não" devido ao plebiscito ter sido suspenso pelo Tribunal Constitucional da Espanha e ter considerado ilegal pelo governo de Madri.

Autoridades catalãs disseram que 844 pessoas e 33 policiais ficaram feridos neste domingo durante o plebiscito.    

Líder catalão diz que região 'ganhou o direito de se tornar um Estado'

Carles Puigdemont disse que a região "ganhou o direito de se tornar um Estado independente" após a votação. Em um discurso televisionado após o fechamento dos locais de votação, Puigdemont afirmou que "hoje o Estado espanhol escreveu outra página vergonhosa em sua história com a Catalunha".

A polícia espanhola tentou parar o plebiscito deste domingo sobre a independência da Catalunha, utilizando da força em algumas ocasiões. De acordo com as autoridades catalãs, ao menos 884 pessoas e 33 policiais ficaram feridos durante a votação. O plebiscito foi considerado ilegal pelo governo central de Madri, além de ter sido proibido pelo Tribunal Constitucional da Espanha.

Em seu discurso, Puigdemont disse que irá "fazer um apelo direto à União Europeia" para examinar as supostas violações dos direitos humanos pelo governo espanhol.

O ministro de Relações Exteriores do país, Alfonso Dastis, afirmou que a violência vista foi "infeliz e desagradável", mas ponderou ao dizer que houve um uso proporcional da força, e não uma violência excessiva. "Foi uma reação à situação que os policiais enfrentaram quando foram impedidos de trabalhar", comentou o ministro. 

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