Hillary Clinton nega que EUA tentaram ocultar o atentado em cidade líbia

AFP
23/01/2013 às 15:27.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:58
 (Alex Wong/Getty Images/AFP)

(Alex Wong/Getty Images/AFP)

  WASHINGTON - A secretária de Estado americana Hillary Clinton negou nesta quarta-feira (23) as acusações republicanas de que o governo está tentando encobrir os fatos relacionados com o ataque ao consulado americano na cidade líbia de Benghazi, que aconteceu em setembro do ano passado.   Porém, em sua última audiência ante o Senado antes de deixar seu cargo no final do mês, ela também reiterou que assume toda a responsabilidade quanto às deficiências da segurança no consulado.   "Só quero dizer que há pessoas que acusaram a embaixadora (dos Estados Unidos ante a ONU, Susan) Rice e o governo de enganar os americanos. Posso dizer, tentando situar-me no que estava acontecendo e entender o que estava ocorrendo, que nada poderia estar mais longe da verdade", declarou Hillary na audiência que revisa os fatos.   "Que diferença faz?", questionou, exaltada e batendo com o punho na mesa, quando um senador perguntou repetidas vezes porque o governo havia culpado inicialmente, de maneira incorreta, os manifestantes que se congregaram do lado de fora da delegação diplomática nessa cidade da Líbia. "É nossa tarefa averiguar o que aconteceu e fazer todo o possível para evitar que volte a acontecer", explicou.   Ela ainda insistiu que não há maior prioridade para seu gabinete do que a proteção dos 70.000 funcionários do Departamento de Estado nas 275 missões espalhadas pelo mundo, e acrescentou que tomou medida para aplicar as recomendações sugeridas para um exame interno visando a aumentar a segurança.   A secretária de Estado igualmente alertou para os riscos terroristas que implica a crescente militância depois da "Primavera Árabe". "O ataque de Benghazi não ocorreu de forma isolada", afirmou Hillary no início da audiência sobre o ataque deixou um balanço de quatro americanos mortos, incluindo o embaixador americano.   "As revoluções árabes enredaram a dinâmica de poder e destroçaram as forças de segurança em toda a região", afirmou Hillary, acrescentando que a instabilidade em Mali "gerou um refúgio para os terroristas que buscam estender sua influência".

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