A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (Aesa) recomendou nesta sexta (17) que, antes de qualquer contratação e durante treinamento, os pilotos de avião devem passar obrigatoriamente por avaliação psicológica e permitir que os dados dessas consultas sejam disponibilizados em um banco de dados europeu.
Além disso, eles devem ser alvo de testes-surpresa de drogas e álcool. Também deverá ser mantida, por pelo menos um ano, a recomendação de sempre haver ao menos duas pessoas na cabine de comando do avião.
Em maio, a Comissão Europeia pediu a Aesa que fizesse recomendações para aumentar a segurança dos voos em resposta à tragédia da Germanwings, em que 150 pessoas morreram -todas as que estavam a bordo- após o copiloto propositalmente jogar a aeronave contra os Alpes.
Segundo os investigadores do caso, Andrea Lubitz, que sofria de depressão e temia perder seu emprego, já havia demonstrado tendências suicidas.
"Não sabemos tudo o que aconteceu nessa tragédia, mas sabemos algumas de suas causas e não queremos esperar a conclusão da investigação para começar a agir", disse o diretor-executivo da Aesa, Patrick Ky.
A força-tarefa da Aesa contou com a participação de 14 especialistas, entre eles representantes de associações de tripulantes, médicos e autoridades. O relatório da comissão pode ser lido na íntegra on-line (Clique aqui).
A Comissão Europeia -orgão executivo da União Europeia, responsável por propor a legislação para o grupo- examinará as recomendações e mais tarde se pronunciará sobre quais medidas deverão ser tomadas.