Príncipe Harry retorna ao Reino Unido após missão no Afeganistão

AFP
23/01/2013 às 21:56.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:00
 (John Stillwell/AFP)

(John Stillwell/AFP)

LONDRES - O príncipe Harry, terceiro na linha de sucessão ao trono da Inglaterra, retornou esta quarta-feira (23) ao Reino Unido, depois de uma missão de 20 semanas no Afeganistão como piloto artilheiro de helicópteros Apache, anunciou o ministério de Defesa britânico.

O príncipe, de 28 anos, afirmou que estava "contente por estar de volta", pouco após sua chegada à base militar da Força Aérea Real (RAF) de Brize Norton, uma centena de quilômetros a noroeste de Londres.

"Foi fantástico, é uma experiência incrível", disse aos jornalistas, depois de dois dias de "descompressão" em outra base militar britânica, no Chipre.

O "capitão Wales", como é conhecido nas Forças Armadas, deixou na segunda-feira o Afeganistão, onde estava mobilizado desde 7 de setembro na província de Helmand (sul).

Durante sua permanência em Camp Bastion, o jovem príncipe revelou a jornalistas britânicos que pôs "fora de jogo" alguns talibãs de seu helicóptero equipado com mísseis ar-terra Hellfire, foguetes e uma metralhadora, cuja manipulação comparou ao de um controle de vídeo game.

Consultado a respeito esta quarta-feira, o filho caçula do príncipe Charles e da falecida princesa Diana, relativizou suas declarações.

"Pedem que você faça coisas que esperam que você faça quando veste este uniforme. Realmente, é tão simples quanto isto", declarou.

As declarações de Harry, divulgadas na segunda-feira, provocaram uma irascível reação dos talibãs, segundo os quais o príncipe tem "um problema mental".

"Há 49 países com seus poderosos exércitos fracassando em campo contra os mujahedines e agora vem o príncipe e compara esta guerra com seus jogos de PlayStation ou como quer que se chamem", declarou o porta-voz dos talibãs, Zabiulá Mujahid, à AFP.

Esta foi a segunda missão militar do príncipe Harry no Afeganistão, depois de uma primeira experiência de 10 semanas como controlador de caça-bombardeios em 2007-2008, interrompida por questões de segurança depois de a imprensa divulgar sua presença naquele país.

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