Rebeldes ucranianos entregam caixas pretas de avião abatido

Folha Press
21/07/2014 às 20:22.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:28
 (DMITRY LOVETSKY/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

(DMITRY LOVETSKY/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

Os rebeldes separatistas da Ucrânia entregaram nesta segunda-feira (21) a autoridades da Malásia as caixas-pretas do voo MH17, quatro dias após a queda do avião no leste do país, que matou 298 pessoas.   Também nesta segunda, o trem que armazenava a maioria dos corpos das vítimas deixou a estação da cidade de Torez, controlada pelos separatistas.   O destino dos vagões foi Kharkov, a maior cidade do leste em poder do governo da Ucrânia, que agora terá a ajuda de especialistas internacionais na identificação dos corpos.   Enquanto se definia o destino dos corpos, a cidade de Donetsk, sob domínio dos insurgentes, viveu um dia de tensão, com confrontos na área da estação de trem. Pelo menos três pessoas teriam morrido.   O presidente da Ucrânia anunciou trégua num raio de 40 km da área da queda do avião, mas a medida não atingia Donetsk.   Ao todo, 282 dos 298 mortos foram localizados, além de fragmentos de 16 deles. Não há informação precisa sobre quantos foram transportados nos vagões, mas a estimativa é que teria sido praticamente a totalidade.   O transporte dos corpos envolveu longa negociação entre observadores da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) e os separatistas.   Os rebeldes, que controlam a região, são acusados pelo governo da Ucrânia de ter derrubado o avião da Malaysia Airlines, que ia de Amsterdã (Holanda) a Kuala Lumpur (Malásia). Nesta segunda-feira, a reportagem acompanhou a visita dos observadores, que contou com a presença de especialistas holandeses.   Cercados por rebeldes, eles tiveram acesso rápido aos vagões, apenas como forma de monitoramento. O cheiro dos cadáveres, que ficaram dois dias a céu aberto na área onde o avião caiu, era perceptível do lado de fora da estação.   Os rebeldes, todos armados, se irritaram com a presença da imprensa, tentando impedir o acesso à área. Os corpos foram levados para os vagões no fim de semana, sem nenhuma espécie de fiscalização.

Atualizada às 21h55

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