WASHINGTON - Os adversários republicanos de Barack Obama voltaram a pedir ao presidente, nesta terça-feira (22), que adie a obrigação legal de contar com um seguro de saúde em 2014, devido ao mau funcionamento do portal do Obamacare. "A lei diz claramente que aqueles que, no ano que vem, não tiverem adquirido uma cobertura médica terão de pagar uma multa" à Receita americana, afirmou nesta terça o senador republicano Marco Rubio à rede CBS. "É injusto punir as pessoas por não terem comprado um produto que não conseguem adquirir porque a tecnologia não está pronta, porque o 'site' aonde se deve ir para comprá-lo não funciona, como reconheceu o próprio presidente", manifestou o republicano. "Por isso, solicito simplesmente um adiamento dessa obrigação até que o General Accounting Office (escritório encarregado de auditar a administração) certifique que o 'site' está pronto, funciona e funcionou durante seis meses consecutivos", acrescentou. A partir de janeiro, todos os americanos serão obrigados a contar com um seguro médico. Em tese, desde 1º de outubro, os 50 milhões de americanos que não têm um seguro podem acessar o portal de Internet do Obamacare e escolher a cobertura mais adequada a seu orçamento doméstico. Três semanas após o lançamento do programa, porém, a página continua com uma série de problemas técnicos que impedem as pessoas de se cadastrar e até de visualizar as opções de planos disponíveis. Na segunda-feira, o presidente Obama reconheceu a lentidão da página e prometeu melhorar o sistema. A Casa Branca não anunciou, porém, um adiamento na obrigação de ter seguro. "Em primeiro lugar, é muito cedo no processo. Falamos de uma data-limite de 15 de fevereiro, ou 31 de março, e estamos em 21 de outubro", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. Os congressistas republicanos da Câmara de Representantes convocaram uma audiência parlamentar, nesta quinta-feira às 11h (horário de Brasília), para ouvir as empresas de informática que colaboraram com o governo na implantação do "site". Para a próxima quarta-feira, dia 30, está previsto o comparecimento da secretária de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius, ao Congresso, onde será sabatinada pelos representantes.