Secretário de Defesa dos EUA vai ao Iraque avaliar guerra contra o EI

Estadão Conteúdo
23/10/2016 às 16:48.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:21
 (AFP / Haidar HAMDANI)

(AFP / Haidar HAMDANI)

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, visitou a cidade iraquiana de Irbil neste domingo para uma avaliação mais aprofundada da luta contra o grupo Estado Islâmico no norte do país, e para ouvir os líderes curdos cujas forças lançaram uma nova ofensiva na operação para tomar o controle da cidade de Mosul, que hoje está com os militantes.

Carter se reuniu com o líder curdo Masoud Barzani, e também membros do serviço dos EUA, que não estão muito longe da batalha. Segundo o chefe do Pentágono, Barzani relatou boas notícias sobre ganhos dos Peshmerga, como são conhecidas as forças curdas, contra o EI em Bashiqa, cerca de 24 quilômetros a nordeste de Mosul.

O tenente-general Stephen Townsend, o principal comandante dos EUA no Iraque, disse a repórteres que a informação que ele reuniu sugere que os relatos de Barzani são corretos e que houve "considerável sucesso" na cidade. Townsend disse que não sabia se alguma batalha ainda estava acontecendo no centro da cidade, e se todas as residências tinham sido evacuadas, mas de modo geral confirmou o sucesso da Peshmerga e disse que as forças curdas merecem reconhecimento pelo seu sucesso.

Carter quer que as operações militares para isolar os militantes do EI em Raqqa, na Síria, comecem "o mais rapidamente possível". Ele disse que não haverá operações simultâneas em Mosul e Raqqa, e que os Estados Unidos iriam coordenar a atuação na cidade síria com seus parceiros. Os EUA apoiam os combatentes rebeldes na Síria. Townsend disse que a coalizão liderada pelos EUA tem tido sucesso em eliminar líderes do Estado Islâmico, o que contribui com a luta em Raqqa.

Durante o encontro com Barzani, Carter elogiou os esforços das forças curdas, e reconheceram suas perdas de batalha. "Eles lutam muito bem. Mas por estarem lutando duramente, eles acabam sofrendo baixas", disse Carter, que passou o sábado em Bagdá recebendo atualizações de sua liderança militar e em reunião com o premiê iraquiano, Haider al-Abadi. Segundo o secretário de Defesa norte-americano, os EUA estão preparado para fornecer suporte adicional para a batalha, se isso for solicitado pelos comandantes iraquianos e norte-americanos.

O Brigadeiro General Halgord Hekmet, porta-voz das forças curdas, disse a jornalistas que 25 de seus soldados foram mortos desde que a batalha para retomar Mosul começou, e "outros muitos" ficaram feridos. Falando com ajuda de um intérprete, ele disse que os peshmerga tiveram um bom suporte aéreo da coalizão, mas que gostaria de usar mais recursos militares, especialmente os veículos blindados.

Ele disse que a maioria dos peshmerga caídos estavam andando em carros regulares e eram mais vulneráveis. A segunda prioridade, segundo ele, seria mais dispositivos para ajudar a detectar bombas.

Os peshmerga estão avançando em direção a Mosul em longas colunas de veículos blindados e outros. Mais de 100 americanos das forças de operações especiais estão alinhados com os curdos e com os comandos militares iraquianas. Irbil fica a cerca de 90 quilômetros ao sudeste de Mosul.

Oficiais norte-americanos dizem que o peshmerga vai parar o seu avanço a cerca de 30 quilômetros de Mosul, e vai manter esse território para garantir que os militantes não consigam se reagrupar. Milícias xiitas disseram que não vão entrar na cidade.

Forças iraquianas e curdas lançaram uma nova ofensiva em uma cidade próxima a Mosul neste domingo. Fonte: Associated PressLeia mais:
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