Vice-presidente catalão pede unidade de separatistas e apoio para negociações

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte
14/10/2017 às 11:51.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:13
 (Luis Gene/AFP)

(Luis Gene/AFP)

Um dos principais líderes separatistas da Catalunha pediu unidade neste sábado (14), na medida em que disputas sobre estratégia ameaçavam dividir aqueles que querem a independência da região nordeste espanhola em relação ao restante do país. O vice-presidente regional da Catalunha, Oriol Junqueras, disse que os separatistas precisam parar de brigar e apoiar o esforço do presidente da Catalunha de abrir negociações com o governo central da Espanha.

"Devemos preservar a unidade que é necessária para seguir todo o caminho no percurso para uma república", disse Junqueras. "Devemos reiterar nossa crença na unidade, na unidade em apoio ao nosso governo e da maioria do parlamento".

As fissuras apareceram entre os separatistas catalães desde que o presidente regional Carles Puigdemont anunciou, na última terça-feira (10), que atrasaria a declaração de independência "por algumas semanas" na esperança de que possa abrir negociações com Madri.

Essa decisão decepcionou muitos separatistas que querem que a região de 7,5 milhões de pessoas deixe a Espanha. O partido de extrema esquerda Candidatura de Unidade Popular (CUP) e o principal grupo separatista, Assembleia Nacional Catalã, pediram a Puigdemont que não espere mais.

Junqueras entregou sua mensagem a 200 membros de seu partido, a Esquerda Republicana da Catalunha. O partido forma uma coalizão governamental com os conservadores de Puigdemont no parlamento regional da Catalunha e sua lealdade é fundamental para a unidade separatista.

Junqueras disse que o melhor caminho a seguir é que os separatistas mostrem "ao mundo quem é que quer oferecer diálogo e quem o rejeita".

O governo conservador da Espanha, liderado pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy, também está pressionando Puigdemont. Rajoy deu um prazo até segunda-feira para o presidente catalão esclarecer sua posição sobre a independência, bem como um ultimato até 19 de outubro para entrar em linha com as leis da Espanha, sob a ameaça de retirada de alguns ou todos os poderes autônomos da região.
 

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