Número de mortos na Rússia chega a 152

AFP
08/07/2012 às 13:34.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:24
 (Mikhail Mordasov)

(Mikhail Mordasov)

Os serviços de resgate continuavam encontrando corpos neste domingo em Krymsk, uma região do sudoeste de Rússia, onde uma inundação deixou mais de 150 mortos e, ante o descontentamento dos habitantes do lugar, o presidente Vladimir Putin ordenou uma investigação e ajudas imediatas.

O comitê de investigação local, citado pela agência de notícias russa Interfax, disse que foi encontrado neste domingo (8) o corpo de uma menina de oito anos.

Com este já são 152 os mortos, 140 dos quais nesta pequena cidade e em seus arredores, situados nas próximidades do Mar Negro, sendo essa a área mais afetada pelas chuvas torrenciais e cheias na sexta-feira (6) à noite.

Nove corpos foram encontrados desde que começou a inundação na estação balneária de Gelendjik e o balanço foi elevado para três mortos no porto vizinho de Novorossiisk, o mais importante da costa russa do Mar Negro.

A imprensa e os resgatistas do local temiam que a lista de falecidos aumentasse à medida que a água retrocedia e que os serviços de resgate avançavam em seu trabalho.

"Abrimos as casas: cadáveres", explicou pela noite o prefeito de Krymsk, Vassili Kroutko, que esteve reunido com o presidente Vladimir Putin.

Putin decretou um dia de luto nacional em 9 de julho.

A zona apresentava neste domingo uma paisagem de desolação, com árvores ou partes de casas caídos ou veículos tombados.

"Tiramos os escombros como pudemos, ainda não recebemos nenhuma ajuda", disse à AFP a habitante local, Irina Morgounova.

Segundo as autoridades locais mais de 12.000 habitantes e 4.000 vivendas foram afetadas pelo desastre neste distrito, que conta com 60.000 habitantes.

As chuvas pegaram os habitantes desprevenidos, mas muitos russos dizem que tantas mortes podem ser o resultado de uma comporta aberta num reservatório de água. As autoridades negam essas afirmações.

Choveu em Gelendzhik em 24 horas o correspondente a cinco meses, segundo a administração local.

Em Novorossiisk, o maior porto da Rússia no Mar Negro, as chuvas de 24 horas corresponderam a dois meses.

Uma célula de emergência foi formada para tentar colocar a situação sob controle, segundo um funcionário do porto, Mikhail Sidorov."Em alguns lugares, o nível da água atingiu um metro e meio", afirmou.

Segundo as autoridades locais, mais de 12.000 habitantes e 4.000 moradias foram afetadas pelo desastre neste distrito que conta com uma população de 60.000 pessoas.

O presidente Vladimir Putin, cuja residência de verão se encontra a 200 km ao sul, próximo à estação balneária de Sotchi, se dirigiu ao local no sábado (7) à noite.

"É como um tsunami!", disse o presidente, que observou a região inundada de Krasnodar de helicóptero junto ao governador, Alexander Tkatchev.

Muitos habitantes afirmaram que não foram advertidos e que foram pegos de surpresa pela inundação à noite, entre 02H00 e 04H00 da madrugada de sábado.

Putin prometeu uma ajuda financeira para as moradias destruídas e indenizações, da ordem de 2 milhões de rublos (50.000 euros) para cada família.

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