Nintendo e videocassete: ícones que vêm e vão

Álvaro Castro
acastro@hojeemdia.com.br
25/07/2016 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 19:58
 (AFP)

(AFP)

O mundo dos amantes da tecnologia está realmente em polvorosa. O ressurgimento da Nintendo, impulsionado pela febre Pokémon Go, parece não ser somente fogo de palha. A gigante japonesa dos games já anunciou um novo console que por enquanto está cercado de mistérios.

Na última terça-feira, o Nintendo NX, que deve sair em março de 2017, foi elogiado abertamente pelo presidente da Ubisoft, um dos principais estúdios de games da atualidade. “O que nós vimos até agora é realmente ótimo”. 

“Ter um novo console sendo lançado vai ajudar a indústria a continuar crescendo, e vai trazer muitos jogadores casuais de volta para o mercado”, afirmou Yves Guillemot.

A empresa, que nos anos 80 e 90 disputou batalhas homéricas com a Sega pela liderança de mercado, foi aos poucos caindo no esquecimento com a entrada de sola de Sony e Microsoft no mercado com o Playstation e o Xbox, respectivamente. 

Quando muitos deram a empresa como fadada ao fim com o fracasso dos últimos lançamentos, ela não só reaparece trazendo uma febre incontrolável, como também irá reeditar seu clássico NES, videogame de 8 bits que virá com entrada HDMI e trará 30 jogos clássicos pré-instalados para deleite do grande número de fãs de jogos vintage.

Sem volta

Outro ícone da mesma época anunciou, na última semana, seu agonizante fim. Quem não se lembra da emoção de esperar um filme chegar às locadoras (em um passado não muito distante, não “baixávamos” os filmes ou acessávamos o Netflix)? Naquela época, gastávamos um dinheirinho a mais se esquecêssemos de rebobinar a fita antes de devolvê-la...

É claro que os mais jovens não devem se lembrar da monstruosidade que eram os videocassetes, aparelhos que mudaram o jeito como nos relacionamos com o cinema, trazendo a possibilidade de assistirmos aos conteúdos desejados no conforto de casa, muito antes do conceito on demand inundar as operadoras de TV fechada.

A japonesa Funai, a última fabricante de videocassetes do mundo, avisou que deixará de produzir os reprodutores, há muito em desuso, de VHS. Segundo a companhia, uma empresa de componentes avisou que não justificava a produção para tão poucas peças, o que na prática inviabilizou a sequência da fabricação.

A empresa, que chegou a vender 15 milhões de unidades por ano havia comercializado apenas 750 mil em 2015. Vale, agora, aguardar qual será o grande transformador de hábitos de consumo e relação com o entretenimento irá desaparecer e deixar saudades e, quem sabe, voltar a ser comercializado na internet a preços estratosféricos.

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