Nove Estados solicitam presença de Forças Armadas nos presídios

Folhapress
18/01/2017 às 20:37.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:28

O presidente Michel Temer recebeu nesta quarta-feira (18) o pedido de nove governadores do Norte e do Centro-Oeste para que as Forças Armadas realizem vistorias nos presídios estaduais. A solicitação foi feita em reunião com o peemedebista, no Palácio do Planalto, e incluiu reforço do contingente militar também nas fronteiras das unidades da federação com outros países. 

O documento com o pedido será formalizado ainda nesta quarta-feira (18) e incluirá as assinaturas dos governadores de Amazonas, Rondônia, Roraima, Acre, Pará, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. "Todos nós pedimos as Forças Armadas e vamos formalizá-lo agora para dar esse empoderamento ao presidente. É um pedido conjunto dos nove Estados", afirmou o governador de Rondônia, Confúcio Moura. 

Ele disse ainda que os participantes da reunião irão assinar o Plano Nacional de Segurança, mas criticou a utilização de recursos estaduais para financiar medidas previstas na proposta. Segundo ele, as unidades da federação não têm condições de arcar com gastos do plano e defendeu um aporte maior de recursos de fundos federais. 

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"O Plano Nacional de Segurança foi contestado por falta de segurança do custeio. Como ficam os Estados com a carga imensa para os presídios? Nós colocamos a realidade na mesa, mostrando que os Estados não têm condições de manter essas despesas sozinhos e precisamos de recursos para ajudar na manutenção federal", disse. 

O governador criticou também proposta feita por secretários estaduais de segurança, e avaliada pelo governo federal, de criação de um percentual de vinculação orçamentário para a área de segurança pública. Segundo ele, a equipe econômica do governo federal não aceitará a medida. 

Ele explicou ainda que, no rastro do Plano Nacional de Segurança, o governo federal deverá pagar diárias a policias militares que atuarem em conjunto com a Força Nacional para assegurar as metas da proposta, como redução anual de 7,5% nos homicídios dolosos nas regiões metropolitanas das capitais estaduais.

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