OAS implica Lula, Serra, Aécio e Dilma, diz revista Veja

Estadão Conteúdo
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27/08/2016 às 19:17.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:34
 (Fotos Agência Brasil)

(Fotos Agência Brasil)

O acordo de delação que vinha sendo negociado entre a procuradoria-geral da República e o ex-presidente da empreiteira OAS José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, continha informações sobre pagamentos indevidos para o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e abordava repasses para o caixa 2 da campanha da presidente afastada Dilma Rousseff, segundo relata reportagem da revista Veja. 

A revista cita ainda o pagamento de propina de 3% para uma pessoa apontada como operador do senador Aécio Neves (PSDB) e de 5% sobre as obras no Rodoanel durante a gestão do atual chanceler, José Serra (PSDB), no governo de São Paulo.

O jornal O Estado de S. Paulo confirmou com pessoas com acesso à investigação o conteúdo dos termos citados. As tratativas entre a OAS e a Procuradoria-Geral da República foram rompidas após a Veja revelar, na semana passada, que entre os temas discutidos estava a citação ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.

Dos 7 anexos que fazem parte do acordo de delação, quatro deles estão relacionados a Lula. Detalham como valores desviados de obras da Petrobrás foram utilizados no pagamento do triplex no Guarujá que a PF atribui ao ex-presidente. O imóvel já é alvo de investigação e resultou no indiciamento de Lula e de sua esposa, Marisa Letícia na sexta-feira. 

Atibaia

Outro anexo cita a solicitação direta do próprio Lula para que a OAS realizasse reformas em um sítio em Atibaia. Segundo relata a revista, teria ficado implícito que a OAS "atuaria e seria remunerada com o abatimento de créditos com o PT e também em retribuição ao serviço prestado por Lula em favor dos negócios internacionais da empresa".

Léo Pinheiro afirma ainda, segundo a revista, que contratou o serviço de palestras do ex-presidente para "influenciar" autoridades em outros países e que pagou a guarda de bens de Lula. 

Sobre Dilma, Pinheiro cita contrato fictício com a agência de comunicação Pepper. O contrato teria como finalidade pagar dividas da campanha que reelegeu a petista em 2014.

Procurados, Lula e Dilma não se manifestaram até o fechamento desta edição.

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