Os 60 anos da Petrobras

Hoje em Dia
04/10/2013 às 06:49.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:02

A comemoração, na quinta-feira (3), dos 60 anos da Petrobras, se justifica por suas realizações no passado e, sobretudo, pelo que está por vir. A empresa nasceu de uma grande mobilização pública – a campanha “O Petróleo é Nosso” – e da vontade do presidente Getúlio Vargas, enfrentando enorme ceticismo dos donos do dinheiro, no Brasil e no exterior.

Havia motivos para desconfianças. Em 1938, Getúlio Vargas criara, por decreto-lei, o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), com a missão de desenvolver o setor no país. A Petrobras herdou todo o acervo desenvolvido em 15 anos pelo CNP. Algo pouco impressionante: apenas 2.700 barris de produção de petróleo por dia na Bahia, 170 mil barris de reservas conhecidas, uma refinaria em operação e outra sendo construída. Hoje a Petrobras produz 2,1 milhões de barris por dia. A empresa é dona de reservas provadas no Brasil de 15,7 bilhões de barris, de 12 refinarias em operação, outras duas em construção e mais duas em fase de projeto. E pode dobrar a produção de petróleo e gás nos próximos seis anos.

Mas essa é parte de uma história de sucesso de uma estatal brasileira que se destaca, neste momento em que fracassa o sonho de o Brasil vir a ter uma grande empresa petrolífera privada: a OGX, criada em julho de 2007 pelo empresário Eike Batista. Ao contrário da Petrobras, não havia dúvidas sobre o potencial dessa empresa. Quatro meses depois de criada, a OGX investiu R$ 1,5 bilhão para arrematar 21 blocos em áreas estratégicas, na 9ª Rodada de Licitações da ANP. Foi a grande vitoriosa nesse leilão, mas não conseguiu produzir petróleo na quantidade necessária à sua sobrevivência.

A parte da história que não deve ficar esquecida é a grande contribuição que a Petrobras deu e continuará dando ao desenvolvimento industrial brasileiro. A empresa contratou e vai receber, só neste ano, nove plataformas marítimas de produção de petróleo, com capacidade somada de 1 milhão de barris por dia.

Pela primeira vez, constroem-se no Brasil 28 sondas de perfuração marítimas para águas ultraprofundas. A Petrobras começará a recebê-las em 2015. Para transportar petróleo produzido no mar, encomendou a estaleiros brasileiros 49 navios e já recebeu cinco deles. A capacidade das refinarias vai subir dos atuais 2,1 milhões de barris por dia para 3 milhões, até 2020.

Tudo isso, com a participação de empresas privadas brasileiras e das 88 universidades ligadas a seu Centro de Pesquisas.

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