Pacheco costura aliança que pode incluir atual adversário na chapa do DEM

Lucas Simões
lsimoes@hojeemdia.com.br
17/07/2018 às 21:21.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:28
 (PEDRO GONTIJO/DIVULGAÇÃO)

(PEDRO GONTIJO/DIVULGAÇÃO)

Aproveitando o racha interno no MDB após a saída do vice-governador Antonio Andrade da presidência estadual do partido, o pré-candidato ao governo do Estado pelo DEM, o deputado federal Rodrigo Pacheco, vai intensificar a disputa pelo apoio dos emedebistas em Minas Gerais. A principal aposta do democrata é um acordo com o também pré-candidato ao governo do Estado, Adalclever Lopes (MDB), cogitado por Pacheco para assumir uma vaga no Senado em sua chapa.

Em encontro promovido com prefeitos mineiros, incluindo o de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), na sede da Prefeitura, ontem, Pacheco foi incisivo sobre as novas possibilidades para alianças, após a saída do vice-governador Antonio Andrade da presidência regional do MDB. 

Nos bastidores do partido, o afastamento do vice-governador cria um terreno propício para negociações que antes estavam travadas, uma vez que Andrade não abre mão da candidatura própria do MDB. Já Adalclever é visto por membros do DEM como uma opção mais flexível e favorável à aliança que pode impedir uma candidatura própria do MDB. 

Com diálogo mais aberto com Adalclever, Pacheco busca no MDB a chance de ter um nome de peso para a última vaga no Senado em sua chapa — a primeira ficou com o deputado federal Renzo Braz (PP).

 O democrata admite conversas com Adalclever Lopes nesse sentido, caso o presidente da ALMG não leve adiante a candidatura ao governo do Estado.
“Minha conversa com Adalclever e Antonio Andrade foi sempre respeitando a candidatura do MDB. Apenas que, na eventualidade de não haver essa candidatura, pudessem considerar o apoio à nossa candidatura ao governo do Estado. Vamos continuar as conversas com o Adalclever, sim”, disse Pacheco. A reportagem tentou contato com Adalclever Lopes para comentar um possível apoio a Pacheco, mas o deputado não retornou às ligações.


O pré-candidato do DEM ainda comentou uma possível aliança entre PT e MDB, preferência manifestada pela bancada de deputados estaduais e federais do partido, principalmente após a saída de Antonio Andrade da presidência da legenda, principal opositor ao governo de Fernando Pimentel (PT).


“Posso dizer que qualquer decisão que o MDB tomar será respeitada por mim. Ainda que seja uma eventual coligação com o atual governador e o PT, eu respeitarei o MDB e acredito que nessa hipótese haverá uma grande dissidência do MDB para nossa candidatura”, afirmou Pacheco.

  

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