Paralisações afetam serviços nas principais capitais do país

Da Redação com Agência Brasil
portal@hojeemdia.com.br
28/04/2017 às 10:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:19

Diversas categorias fazem greve nesta sexta-feira (28) em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência. Os atos se espalharam por ao menos 24 estados e atingiram as principais capitais do Brasil.

A maioria foi afetada com a falta de transporte público e atendimento médico. Em alguns lugares os manifestantes atearam fogo em pneus e pedaçõs de madeira para chamar atenção das autoridades.

São Paulo

Na capital paulista, os ônibus, metrôs e trens paralisaram as atividades. As linhas da CPTM não rodaram nesta manhã. Somente a linha 4 do metrô está funcionando, uma vez que é administrada por uma concessionária. Os dois aeroportos da cidade, porém, operam sem problema.

Em São Paulo houve confusão durante os protestos e ao menos 10 pessoas já foram detidas pela Polícia Militar por fazerem barricadas e impedir o tráfego em vias do município.

Rio de Janeiro

Os ônibus urbanos que trafegam no Rio estão funcionando com a frota reduzida, mas atendendo à população. Manifestantes estão fazendo bloqueios em vários pontos de rodovias no Rio de Janeiro. A pista sentido Rio da Ponte Rio-Niterói foi liberada depois de ficar bloqueada das 6,20h até às 8h de hoje (28). O tempo de travessia da ponte agora é de 33 minutos, cerca de 20 minutos a mais do que os 13 minutos normais.

Na avenida do Contorno (no trecho norte da BR-101), há engarrafamento de oito quilômetros, na altura do km 320, em Niterói, bem próximo ao acesso à Ponte Rio-Niterói, segundo a concessionária Autopista Fluminense. Na mesma rodovia, na altura de Campos dos Goytacazes, um bloqueio atinge o km 62.

Na Rodovia Rio-Santos, que é o trecho sul da BR-101, há bloqueios em Itaguaí, com engarrafamento de um quilômetro, e em Angra dos Reis. A retenção é de dois quilômetros.

Na Rodovia Rio-Juiz de Fora (BR-040), o bloqueio atingiu a pista sentido Juiz de Fora, na altura do km 114, na Baixada Fluminense. Na pista sentido Rio, o engarrafamento chega a seis quilômetros, devido ao trânsito na Linha Vermelha, onde também houve bloqueio. E na Rodovia BR-393, há uma manifestação em frente à Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, no sul do estado.

Brasília

A paralisação de 24 horas deixa Brasília sem transporte de ônibus e de metrô. Com isso, quem está se deslocando para o trabalho procura o transporte alternativa, como vans, táxis e veículos particulares.

Os acessos para o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek estão interditados pela Polícia Militar por medida de precaução, pois manifestantes bloquearam as vias e puseram fogo em barreiras de pneus. Algumas pessoas deixaram os veículos e foram a pé até o terminal.


Recife

Em Pernambuco o dia amanheceu com rodovias, ruas e avenidas bloqueadas em várias cidades. Na Região Metropolitana do Recife, os ônibus não circularam e o Metrô funcionou parcialmente. Até às 9 horas mais de 90% do comércio localizado no centro do Recife estava com as portas fechadas, segundo informações da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
A maior parte das escolas (públicas e privadas) também optou por suspender as aulas. As três maiores instituições de ensino superior, as universidades Federal, Rural e Católica de Pernambuco também paralisaram as atividades. Nos hospitais públicos e postos de saúde o atendimento ocorre parcialmente.

O Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre está operando, mas passageiros relatam lentidão nas operações. Um grupo de aeroviários bloqueou a pista que dá acesso ao terminal no início da manhã e, até o momento, a circulação ainda está prejudicada.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, desde o início da manhã, pelo menos 30 pontos de bloqueios em rodovias estaduais e federais foram registrados no Estado, incluindo as BRs 101 (Sul e Norte) e a 232, principal ligação da capital ao Agreste e Sertão.

Na BR-101 Sul, nas proximidades do município do Cabo de Santo Agostinho, um motorista que dirigia uma Kombi acabou atropelando e matando um motociclista ao tentar fugir de um bloqueio realizado por manifestantes que tentavam impedir o acesso ao Complexo Portuário de Suape.

Fortaleza

No centro de Fortaleza, o comércio abriu normalmente nesta sexta-feira. Mas o movimento de consumidores ainda é muito pequeno. Bancários e servidores ligados ao Sindisaúde promovem passeatas pelas ruas pedido para os lojistas baixarem as portas. O pedido é atendido apenas durante a passagem dos manifestantes. Logo após a saída destes, as portas são abertas novamente.

A Rua Senador Pompeu, na quadra próxima à Praça da Bandeira, onde ocorre concentração dos protestos, era um dos poucos trechos em que o comércio ainda não estava aberto, por volta das 10h45. Os manifestantes começaram a se reunir na Praça da Bandeira pouco antes das 9h desta sexta-feira.

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