Pequenos produtores rurais de Minas têm espaço vip na 30ª Superminas

Janaína Oliveira
joliveira@hojeemdia.com.br
20/10/2016 às 08:14.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:18
 (Lucas Prates/ Hoje em Dia)

(Lucas Prates/ Hoje em Dia)

Iguarias mineiras feitas com ingredientes que vêm do campo ou preparadas por pequenos fornecedores são uma atração à parte na 30ª edição do Congresso e Feira Supermercadista e da Panificação (Superminas), que termina hoje no Expominas, em Belo Horizonte.

Instalados em uma ala denominada Circuito Mineiro de Compras Sociais, 20 vendedores com esse perfil buscam no evento o acesso às gôndolas de grandes redes supermercadistas e padarias.

Direto do sítio Juranda em Campestre, no Sul de Minas, o casal Luiz Antônio e Rosana do Lago levou para o estande geleias de amora e framboesa e compota de mirtilo, tudo colhido e elaborado na propriedade deles, a 18 quilômetros de Poços de Caldas.

“Eu faço e meu marido tampa. Mas na época da colheita, sogro, sogra, tios, primos, os três filhos, todo mundo tem que ajudar”, conta Rosana.

A produção anual é de 25 toneladas de amora e 10 toneladas de framboesa. Mas o mirtilo “depende se vai vingar”. No atacado, a geleia, que não leva conservantes, custa R$ 12. Já a compota à base do fruto também conhecido como blueberry é vendido por R$ 20. Há ainda embalagens das frutas congeladas.

“Fazer a venda direta para os supermercados é melhor para nós e para o consumidor, que tem produtos fresquinhos e preço mais em conta. É disso que tiramos nosso sustento”, diz Luiz Antônio.

Dono do Gosto do Cerrado, Luciano Magalhães diz que as frutas utilizadas no preparo dos picolés e sorvetes artesanais são fornecidas por 50 famílias de pequenos agricultores da zona rural de Montes Claros. “Somos certificados em práticas sustentáveis há três anos. Aqui, gordura hidrogenada não entra”, afirma.

Entre os 136 sabores no cardápio estão queijo com rapadura, pinha, umbu, coquinho azedo, pequi e manga rosa. Duas bolas de sorvete custam R$ 10.

Doces, quitandas, biscoitos e frutas pré-cozidas são a “tentação” do Chapadão, área rural de Fortaleza de Minas, no Sudoeste mineiro. Segundo Guaraciaba Furquim, que ajuda na comercialização dos quitutes da marca feitos por 16 famílias, o objetivo é fomentar a produção e colocá-la nas prateleiras dos supermercados maiores. “Queremos evitar os atravessadores”, diz ele.

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