PF faz operação para desarticular 'associação criminosa armada' no Senado

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte
21/10/2016 às 09:08.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:19
 (Agência Brasil)

(Agência Brasil)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (21), a Operação Métis para desarticular associação criminosa armada responsável por embaraçar a Operação 'Lava Jato' e outras investigações da PF. A ação tem o apoio do Ministério Público Federal e mira servidores da Polícia Legislativa do Senado.

Quatro policiais legislativos foram presos e o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, foi conduzido coercitivamente. Ele e os subordinados foram pegos em ações de contrainteligência para ajudar senadores que estão sendo investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ao todo, estão sendo cumpridos nove mandados judiciais, todos em Brasília, sendo quatro de prisão temporária, um deles nas dependências da Polícia do Senado. Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal.

Segundo a PF, "foram obtidas provas de que o grupo, liderado pelo diretor da Polícia do Senado, tinha a finalidade de criar embaraços às ações investigativas da Polícia Federal em face de senadores e ex-senadores, utilizando-se de equipamentos de inteligência".

Em um dos eventos, afirma a PF, o diretor da Polícia do Senado ordenou a prática de atos de intimidação à Polícia Federal, no cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em apartamento funcional de senador.

Os investigados responderão por associação criminosa armada, corrupção privilegiada e embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 14 anos e seis meses de prisão, além de multa.

De acordo com a PF, a Justiça Federal já determinou a suspensão do exercício da função pública dos policiais do Senado envolvidos no esquema.

O nome da operação - Métis - faz referência à Deusa da Proteção, com a capacidade de antever acontecimentos.

Eduardo Cunha

Cunha foi preso na quarta (19) depois de decisão do juiz Sergio Moro. O magistrado considerou que há riscos de que o ex-parlamentar deixe o país. 
Moro argumentou, também, que a liberdade de Cunha oferecia um risco à ordem pública e à execução da lei, uma vez que não se sabe a extensão de suas contas no exterior, o que poderia dificultar a eventual recuperação dos recursos pela Justiça. 

Depois de ser preso, o peemedebista contratou um advogado especializado em delações premiadas, Marlus Arns de Oliveira.

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