Pimentel aponta prejuízo ao consumidor em dia de derrota para a Cemig

Amália Goulart
amaliagoulart@hojeemdia.com.br
10/08/2017 às 08:02.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:00
 (Cemig/Divulgação)

(Cemig/Divulgação)

 governador Fernando Pimentel (PT) disse que os consumidores mineiros poderão pagar uma tarifa de energia elétrica três vezes mais cara, caso a companhia não consiga operar as usinas. O senador Aécio Neves (PSDB) também saiu em defesa da empresa, ao apelar ao governo federal para que não faça o leilão. 

Na noite da última terça-feira, Pimentel, a direção da Cemig e deputados mineiros estiveram com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Tóffoli, para apresentar os motivos pelos quais, segundo eles, a empresa deve continuar a operar as usinas. Ouviram do ministro que no dia 22 sairá uma decisão sobre recurso impetrado pela Cemig. Porém, pediram que, até lá, se encontre uma solução negociada para o problema. A companhia apresentou proposta ao governo federal, no entanto, até o momento, não houve sinalização de que haverá negociação.

O movimento de lideranças mineiras ocorre quando dois novos fatos pesam contra a Cemig. Na última terça-feira a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) lançou o edital para a realização do leilão, marcado para setembro. 

O governo federal espera arrecadar R$ 11 bilhões com a venda das usinas de Miranda, Jaguara, São Simão e Volta Grande. O dinheiro será utilizado para cobrir parte do déficit fiscal da União. 

Já ontem, o Tribunal de Contas da União (TCU) negou pedido da Cemig para que paralise o processo de leilão. 

Segundo Pimentel, as usinas representam, juntas, 50% da geração de energia da Cemig. 

“A União quer tomar as usinas e fazer um leilão. Isso vai ter um impacto terrível na economia mineira, porque não é só perder a operação das usinas que hoje a Cemig faz, é pior do que isso, pois o investidor que comprar vai ressarcir o custo na conta de luz. Então, esse preço vai ser repassado para a tarifa de energia elétrica que os mineiros e mineiras pagam, e que pode ficar três vezes mais cara”, afirmou.

As usinas irão a leilão pois a Cemig não aderiu à Medida Provisória que editou novas regras ao setor, no governo de Dilma Rousseff (PT). Na época, houve a renovação de concessões para aquelas empresas que aderiram à MP. A Cemig entendeu que, por contrato, teria direito à renovação automática. 

“Temos que unir todas as forças políticas, econômicas e sociais do Estado para ainda buscar evitar, ou mesmo minimizar, os danos que, não devemos nos esquecer, foram causados por uma decisão desastrada do governo do PT”, afirmou Aécio. 

Leia também:
Protesto em Brasília defende a permanência das usinas da Cemig
TCU nega pedido da Cemig e confirma autorização para leilão de usinas
Aneel aprova edital de leilão de 4 usinas da Cemig

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por